Em novo processo contra uma das empresas do homem mais rico do mundo, Elon Musk está sendo acusado de estar enganando e comercializando recursos avançados de tecnologia.
Elon Musk: enganação na venda de tecnologia de ponta
Em mais uma polêmica envolvendo a Justiça, a Tesla está sendo processada e o nome de Elon Musk foi citado na ação por um cliente do carro elétrico.
O cliente em questão afirma que a montadora e o próprio CEO da mesma enganam e vendem recursos avançados de tecnologia como o piloto automático.
O documento diz que a Tesla e Musk:
“…enganaram os consumidores em relação às habilidades atuais de sua tecnologia ADAS [sistema avançado de assistência ao motorista] e ao representar que estava aperfeiçoando essa tecnologia e finalmente cumprindo sua promessa de produzir um sistema totalmente autônomo.”
E que, na verdade, ao contrário do prometido, ao longo de meses – e até anos – isso nunca se concretizou.
O autor do processo se chama Briggs Matsko e diz que gastou US$ 5 mil pelo pacote completo lá em 2018, como muitos motoristas da (Tesla) que pagaram milhares de dólares pela tecnologia ‘Autopilot.’
Esse pacote foi vendido como o precursor do “Full Self-Driving” – pacote “a mais” por US$ 15 mil, que nunca foi lançado. Nesse caso, o autor está buscando o status de ação coletiva.
Usando a questão pública
Para tentar angariar mais argumentos em seu processo, Matsko usou as afirmações públicas feitas por Musk, principalmente no Twitter. No processo, inclusive, adiciona-se a terminologia “piloto automático”.
O autor do processo ainda anexou uma alegação de Elon Musk em que seria realizada uma viagem por uma região dos Estados Unidos feita no piloto automático. O empresário afirmou em 2016 que carros estariam no piloto automático até 2018 e depois fez a afirmação abaixo:
“Daqui a um ano, teremos mais de um milhão de carros com capacidade total, direção autônoma, software… tudo.”
Após quase três anos, isso não se realizou. A viagem acabou não acontecendo e o empresário admitiu que precisaria pensar em uma rota especializada.
No processo, há alegações de fraude do Full Self-Driving e o autor usou um vídeo divulgado em 2016 – o vídeo mostra um Model X saindo de uma garagem e dirigindo por uma cidade.
Além disso, a ação coloca que não só o Full Serf-Driving e o Atopilot são enganadores como também perigosos, apontando incidentes com os sistemas.
Matsko ainda pede:
“Uma medida cautelar que proíba a Tesla de continuar seu marketing enganoso de sua tecnologia ADAS, restituição do dinheiro que o Autor e os membros da classe pagaram pela tecnologia que a Tesla prometeu e não entregou”
A Tesla ainda não se pronunciou sobre o caso.
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