Durante uma conferência recente destinada à discussão sobre o futuro da exploração espacial no país, representantes do programa espacial chinês deram dicas sobre as novas tecnologias nas quais a China está trabalhando. E o que mais chamou a atenção foi o possível uso da Tiangong para gerar energia solar no espaço.
China planeja gerar energia solar no espaço
Segundo as informações passadas pelo projetista da estação espacial Tiangong, Yang Hong, durante seu discurso na China Space Conference, no futuro, a China pretende explorar diversas opções tecnológicas voltadas para a produção de energia autossustentável fora da Terra.
Até agora, a mais viável é a utilização dos braços robóticos da estação, que ficam nas extremidades da base, para a construção, ou acoplamento, de novos módulos que vão ajudar na produção de energia.
Os módulos devem funcionar como uma espécie de Lego, permitindo que painéis solares sejam adicionados à Tiangong de forma independente. Além dos painéis, essa modularidade poderia permitir que outros componentes fossem “grudados” na estação, assim a equipe teria a opção de expandi-la conforme suas necessidades.
Mas voltando para a produção de energia solar, os testes servirão para verificar como fazer e gerenciar os níveis de produção de energia, incluindo sua transmissão para o resttante da nave.
Esse será o primeiro passo para avançar na autonomia espacial, já que energia é um ponto vital para qualquer missão tripulada, principalmente quando se trata de naves massivas, como uma estação inteira.
Além da produção
Mas o projeto é muito mais ambicioso do que a simples produção de energia solar, afinal, essa já é uma tecnologia amplamente explorada, tanto no espaço quanto em solo terrestre.
Segundo o cientista, esse primeiro estágio das pesquisas servirá ainda para coletar dados orbitais que devem contribuir para neutralizar a emissão de carbono na produção de energia.
Em uma segunda fase dos testes, após a conclusão dessa etapa dos experimentos, o país deve fazer os experimentos na órbita geoestacionária, da Terra, onde a estação permanece em uma rota circular sobre o nosso planeta.
A partir daí, o objetivo será à transmissão dessa energia gerada no espaço para a Terra, a uma distância de mais de 35 mil quilômetros, onde uma precisão absurda será necessária.
Nas duas últimas fases, essas tecnologias deverão ser desenvolvidas ainda mais, aumentando a eficiência da produção, transmissão e precisão.
O projeto ainda está nos seus estágios iniciais e a equipe diz que vai enfrentar inúmeros desafios para garantir que a produção de energia no espaço seja uma atividade economicamente viável e segura.
Fonte: Space News
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