Pode parecer um pouco contraditório, mas diversos fatores estão influenciando o valor dos ativos na bolsa e a vitória no cinema foi ofuscada. Ações da Apple caem apesar da grande vitória do Oscar. A situação é preocupante e pode ter diversas explicações.
Situação na Europa tem maior influência sobre ações da Apple que vitória no Oscar
Apesar da vitória de domingo (27) no Oscar, a gigante de tecnologia Apple aparentemente não teve um retorno, ao menos imediato, sobre as suas ações presentes na bolsa de valores.
A vitória foi do primeiro filme produzido pelo streaming da empresa americana, onde “CODA” foi premiado com a estatueta do Oscar de melhor longa-metragem, em cerimônia realizada pela academia.
Apesar disso, após uma matéria da Nikkei sobre uma possível redução de orçamento para a produção de alguns modelos de iPhone, como os “SEs” e outros dispositivos como o AirPods, as ações da norte-americana abriram com baixa de 1,5%.
Guerra é “suposto” motivo por trás da queda de valor
De fato, alguns executivos dos fornecedores de componentes da Apple, deram essas informações sobre a “suposta” redução de produtividade da empresa americana ao veículo asiático.
Inclusive, falaram acerca dos motivos que levaram a decisão conservadora, expressando opinião sobre o assunto: “A guerra afetou os gastos nos mercados europeus e é compreensível [os consumidores] economizarem dinheiro para alimentos e para o aquecimento”.
O problema é: ao se tratar da Apple, qualquer informação desse tipo pode abalar consideravelmente o mercado ou “forçar” movimentações na mesma direção de outros fabricantes, como itens eletrônicos finais ou de suporte. A possibilidade real de pararem suas produções e apenas “queimarem” seu estoque, em um cenário econômico tão incerto.
Diversos analistas e órgãos do mercado tem reduzido, sistematicamente, as expectativas sobre crescimento global da economia, o que justificaria a decisão da Apple tentando se preservar sob o cenário de inflação acelerada que atrapalha o consumo por usuários finais, principalmente produtos que estão fora do grupo “básico” de sobrevivência.
Os cortes da Apple podem chegar até o valor de 2 a 3 milhões de iPhones, com redução de 10 milhões de AirPods, segundo a Nikkei. Se pararmos para pensar um pouco, os asiáticos não demandam tantos iPhones, pois têm seus próprios aparelhos “de ponta”.
Já o mercado europeu, um dos maiores consumidores do iPhone, está passando por momentos “incertos” devido à guerra em seu “quintal”. Então, de fato seria um bom momento para a Apple reduzir seus gastos em ofertar, mas suprindo a “demanda” onde, ainda, pode-se comprar.
A empresa americana, até o momento, não fez nenhum comentário sobre as informações publicadas.
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