Os cientistas vêm estudando traços de supernovas há anos, mas uma das coisas mais difíceis de se fazer é determinar o momento exato da explosão dessas estrelas. Mas um time de astrônomos da NASA decidiu analisar a fundo os restos da explosão de uma anã-branca com a finalidade de fazer uma viagem no tempo, até a sua origem. Entenda como!
NASA estuda explosão de uma anã-branca
Os restos da supernova, nome dado à explosão de uma estrela no fim do seu ciclo de vida, foi observado em uma galáxia vizinha usando os telescópios da NASA, e recebeu a nomenclatura de SNR 0519 (ou SNR 0519-69.0).
Pelo que já foi identificado sobre o fenômeno, ele foi resultado da explosão de uma anã-branca, o estado final da evolução de quase todas as estrelas após queimar todo o seu hidrogênio e hélio.
A anã-branca em questão, parece ter atingido o nível de massa crítica, virando uma supernova e explodindo, após absorver parte da matéria de uma estrela próxima, ou até mesmo absorvendo completamente, se fundindo com outra anã-branca.
SNR 0519, localização e dados
A SNR 0519, considerada uma relíquia pelos pesquisadores, está relativamente próxima ao nosso planeta, há apenas 160.000 anos-luz daqui.
Mas para observá-la em detalhes foi necessária uma colaboração de imagens provindas do Observatório de Raios-X Chandra e dados do telescópio espacial Hubble.
O resultado é essa imagem super colorida, onde cada camada de cor representa um tipo de energia liberada pela supernova — os níveis mais baixos sendo representados pela cor verde, os níveis médios em azul e os mais altos em roxo, a bola vermelha é resultado dos dados ópticos do Hubble e representam toda a área da supernova.
Determinando a origem da supernova
Agora, os pesquisadores estão juntando todos esses dados para fazer uma comparação com os arquivos de outro telescópio espacial da agência, o Spitzer, já aposentado.
Durante o estudo, serão comparados dados em diferentes períodos para determinar a velocidade com que os restos da SNR 0519 vem se espalhando.
A esperança é traçar uma linha do tempo para descobrir o momento exato onde a anã-branca explodiu, como se fosse uma cápsula do tempo, proporcionando aos cientistas uma chance única de estudar o espaço ao redor de uma estrela passando por esse processo.
Mais do que isso, os estudiosos dizem que esse conhecimento pode abrir novas portas para os estudos do nosso universo conhecido, ainda cercado de mistérios.
Os pesquisadores já até publicaram um artigo sobre os estudos no Jornal Astrofísico (The Astrophysical Journal) da Universidade Cornell, que pode ser acessado aqui!
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