A concorrência é algo bem saudável para o mercado, e para o consumidor em geral, mas algumas empresas podem se sentir ameaçadas ao ver as concorrentes entrarem em seu espaço. Segundo informações da Epic Games, um bom exemplo disso seria o Google, que pagou uma fortuna a Activision e outras grandes desenvolvedoras de aplicativos para não criar soluções para competir com a sua Play Store.
Google pagou uma fortuna a Activision para evitar concorrência
Segundo dados revelados em meio a um processo aberto pela Epic Games contra o Google, a dona do Android teria fechado acordo com no mínimo 24 grandes desenvolvedoras. O objetivo era impedir que essas empresas criassem concorrência para sua própria loja de aplicativos.
Entre esses se destaca um acordo com a Activision Blizzard, onde a gigante dos anúncios pagou cerca de US$360 milhões, aproximadamente R$ 1,92 bilhão, em três anos.
Com o acordo, a Activision interromperia qualquer plano de lançar sua própria loja de jogos para o Android, mas ela não foi a única. A Tencent, dona da Riot Games (responsável pelo famosíssimo League of Legends), recebeu um acordo parecido, mas com um pagamento de apenas US$30 milhões, aproximadamente R$ 150 milhões.
As informações surgiram através de uma cópia do processo judicial da Epic contra o Google em 2020, onde a empresa é acusada de práticas anticompetitivas na plataforma Android. A Epic também abriu um processo semelhante contra a Apple, e seu ecossistema — App Store — que acabou na derrota da desenvolvedora no ano passado (esperá-se que a Epic faça uma apelação sobre o caso em 2023).
Acusações são negadas pela Activision
Além da Activision e a Riot, empresas como a Nintendo e a Ubisoft também foram citadas, aparentemente por serem beneficiadas com acordos parecidos. A Epic diz ainda, na acusação, que o Google se aproveita do seu capital enorme para impedir que novos competidores ganhem espaço no mercado mobile.
Além de impedir o surgimento de novas lojas, o Google também é acusado de fazer acordos para que companhias deem prioridade ao YouTube quando forem compartilhar vídeos e trailers.
A representante da Activision Blizzard, Lulu Cheng Meservey, negou as acusações em seu Twitter, afirmando não existir nenhum acordo secreto, ou provas dele.
Epic is accusing Activision Blizzard’s partner Google of paying us not to compete with them.
To be clear: that's false.
Google never asked us, pressured us, or made us agree not to compete with them – and we’ve already submitted documents and testimony disproving this nonsense.
— Lulu Cheng Meservey (@lulumeservey) November 17, 2022
“A Epic está acusando o Google, parceiro da Activision Blizzard, de nos pagar para não competir com eles.
Para ser clara: isso é falso.
O Google nunca nos perguntou, nos pressionou ou nos fez concordar em não competir com eles – e já apresentamos documentos e testemunhos que refutam esse absurdo.”
Sua postagem recebeu várias críticas de outros usuários da plataforma, apontando para as várias acusações registradas do tipo, mas que a Activision sempre nega após fazer investigações por conta própria.
“Lulu, todos nós sabemos que as acusações contra a Blizzard são sempre negadas, por mais provas que existam.”, comentou esse usuário.
Segundo o Google, todos os acordos que faz com outras empresas servem para manter tanto desenvolvedoras quanto usuários satisfeitos, tendo sempre em mente a competitividade do mercado.
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