As notícias que mais chamaram a atenção no cenário espacial da última semana foram todas relacionadas com o lançamento da Artemis I, a primeira de várias missões da NASA (Agência espacial norte-americana) para levar o homem de volta à Lua, ou pelo menos as várias falhas de lançamento. Toda a comoção fez um evento quase tão importante passar despercebido, a China teve mais uma missão bem sucedida, avançando nos seus planos de exploração espacial.
NASA falha em lançamento da Artemis
A NASA passou uma semana bastante conturbada, começando no dia 29 de agosto, o tão aguardado lançamento da Artemis I acabou em falha. Após sofrer com climas complicados, o lançamento não foi adiante por problemas em um dos motores.
A agência então passou a discutir novas datas, mas no fim das contas o lançamento acabou sendo cancelado indefinidamente por outro problema envolvendo combustível.
Toda essa falha levantou diversas críticas sobre as operações da NASA e literalmente virou assunto da semana.
China continua avançando na exploração espacial
Ao mesmo tempo, e passando quase que despercebida, a China deu passos largos em direção às suas ambições de conquistar seu pedacinho de espaço.
Enquanto a NASA estava brigando contra o vazamento de combustível do seu foguete, a China lançou ao espaço seu novo satélite de teledetecção, saindo da base de Jiuquan, no nordeste da China.
E como se isso não fosse o suficiente, no sudeste do país, ilha de Hainan, uma equipe de cientistas e engenheiros preparavam o equipamento necessário para lançar o último módulo da estação espacial chinesa, no próximo mês.
O país enviou o segundo de três módulos que vão compor sua estação espacial há apenas dois meses, em julho. O primeiro módulo, Tianhe, começou sua órbita em meados do ano passado.
País investe pesado
A China vem investindo bilhões nos últimos anos para seu projeto de exploração espacial e a Tiangong, ou Palácio Celeste, é um dos seus principais investimentos. O país começou o projeto após o seu barramento na ISS (Estação Espacial Internacional), quando os Estados Unidos se recusaram a permitir sua participação.
Além da estação espacial, também conhecida pela sigla CSS, a China já tem planos envolvendo exploração lunar e até de asteroides. Planos ambiciosos, se considerarmos que o primeiro astronauta chinês só foi ao espaço em 2003.
Em relação à Lua, seus primeiros projetos começaram em 2013, com missões subsequentes em 2014 e 2019. Mas foi no final de 2020 que uma missão chinesa trouxe amostras do satélite para à Terra.
Os novos planos chineses com foco na Lua ainda não estão bem definidos, mas no cronograma liberado pelo governo do país, é previsto que uma missão para o astro seja concluída até 2023.
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