Facebook se arrepende amargamente de gastar dinheiro com podcasts
O motivo pode estar muito além de um simples desconforto com a concorrência do Facebook ao investir na área dos podcasts
O interesse caiu, não no formato dos programas em áudio, mas sim da empresa em investir nessa área. O Facebook se arrepende amargamente de lançar podcasts, segundo alguns executivos que trabalham na empresa, mas o posicionamento oficial do grupo Meta pode ser muito diferente.
O foco do Facebook não está no áudio, mas sim na consolidação do metaverso
As motivações podem ser infinitas, mas possivelmente o Facebook reduziu o interesse em lançar novos produtos de áudio devido à queda no valor de suas ações e o conflito “franco” contra o TikTok e outras redes sociais crescentes.
Não que a empresa tenha fechado todas as suas parcerias, mas o potente adversário nos vídeos curtos pode guiar o Facebook para outras frentes de batalha, além do seu foco principal ser agora o desenvolvimento do metaverso.
O suposto desinteresse do grupo Meta foi publicado pelo The Indian Express e caso as informações sejam reais, muitos criadores de conteúdo para podcasts ficarão decepcionados, pois a plataforma tem um alcance tremendo, mesmo sem a garantia de que o seu público comprasse a ideia do formato.
Apesar do cenário atual, a empresa fez investimentos no formato anteriormente, quando lançou no ano passado o Live Audio Rooms, com histórias curtas chamadas Soundbites e podcasts para usuários norte-americanos.
Facebook pode ter se antecipado ao ingressar no mercado de podcasts
Isso é mais fácil de acreditar que um possível arrependimento, o Facebook viu plataformas como o Spotify crescerem seu valor, além do o sucesso do Clubhouse (plataforma de transmissão de áudio ao vivo, desconhecida dos brasileiros) e resolveu investir para ter sua marca nesse mercado.
O mercado de podcasts ainda é grande, mas não está na crescente de outrora, então é possível concluir que o Facebook possa estar realocando seus recursos. E o metaverso está aí. A empresa até mudou seu nome para Meta – logo, está claro o foco principal da empresa.
Toda empresa precisa investir recursos onde serão maiores os retornos
O Facebook e as outras empresas do grupo Meta estão de olho no futuro, mantendo suas operações costumeiras, até fazendo algumas atualizações, mas com suas mentes voltadas para o “oceano azul” livre de concorrência que o metaverso oferece.
Quanto aos podcasts, eles não vão acabar, já que existem plataformas muito bem sucedidas trabalhando com o formato – Spotify, Deezer, até o YouTube com transmissões ao vivo dos programas, entre outros exemplos. Tentar lutar contra adversários consolidados custa muito dinheiro e o retorno é potencialmente baixo.
O foco de Mark Zuckerberg está em trabalhar todas as possibilidades de lucro para suas empresas futuramente, “ditando as regras” de como o metaverso funcionará, é simples assim.
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Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.