O Facebook está envolvido em mais um grande escândalo. Agora, a empresa da Meta foi acusada de enganar seus investidores sobre as ações da empresa referente ao combate de desinformação a respeito da Covid e mudanças climáticas em sua plataforma. A empresa foi acusada pela ex-funcionária Frances Haugen, que apresentou duas queixas.
A denúncia foi publicada pelo jornal norte-americano Washington Post. De acordo com a publicação, esses foram motivos para a SEC, órgão dos Estados Unidos que possui competência para regular as ações do mercado no país, investigar o caso.
A primeira denúncia apresenta documentos internos da Meta que mostram que a rede social possui diversas desinformações sobre mudanças climáticas. Além disso, esses documentos registram que a página relacionada a essas informações não atinge o número de usuários que deveria – sendo contraditório ao que a empresa afirma aos seus investidores.
Também há documentos internos que mostram com detalhes as experiências dos próprios funcionários. Um deles afirma ter pesquisado sobre mudanças climáticas e encontrado um vídeo na aba Watch do Facebook com desinformação climática. O post tinha seis bilhões de visualizações.
Já a outra denúncia apresenta a desinformação a respeito da pandemia de Covid. Os documentos internos mostram que a empresa sabia a todo momento que as informações falsas ganhavam força na plataforma, mas em momento algum optaram em resolver o problema.
Além disso, foi apontado mais documentos mostrando que, ao mesmo tempo que os discursos dos executivos da Meta falavam em medidas para combater a desinformação sobre a pandemia, a desinformação e discurso antivacina já haviam se proliferado na plataforma.
Facebook se defende de novas acusações
Baseado em revelações da ex-funcionária, um dos arquivos fala que o Facebook não tinha uma política clara em relação à desinformação até o ano passado. Por outro lado, o discurso dos executivos aos investidores da empresa, era de que havia empenho da companhia em combater a “crise global”. O Facebook negou todas as acusações, alegando que se esforça para combater a desinformação.
“Encaminhamos mais de dois bilhões de pessoas para informações oficiais sobre saúde pública e, continuamos retirando alegações falsas sobre a vacina, desinformação e teorias da conspiração. Não há soluções exatas para impedir a disseminação de desinformação, entretanto, estamos muito comprometidos em construir políticas e novas ferramentas para combatê-la”, declarou o porta-voz da Meta, Drew Pusateri.
Os documentos também apontam debates dos funcionários sobre o papel da rede social na disseminação falsa de ambos os temas. Apesar de oferecer informações verdadeiras desde 2020 sobre ambos os temas, o Facebook tem sido acusado de negligência por colocar em primeiro lugar os lucros, ao invés da segurança dos usuários.
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