Fake news: TikTok está em crise e pode ser DECISIVO para desinformação eleitoral
Nova polêmica surge, e agora o TikTok está em crise por conta das eleições dos Estados Unidos que estão para ocorrer.
O TikTok está, novamente, vivendo uma polêmica sobre dados e algoritmos do seu aplicativo. Agora, um estudo sugere que a rede social não está conseguindo filtrar notícias falsas sobre eleições nos EUA. Será que o Brasil está no mesmo risco nessa última semana que antecede o segundo turno presidencial em 30 de outubro?
TikTok está envolto de polêmica sobre fake news nas eleições
Os Estados Unidos irão passar por novas eleições em novembro deste ano e o TikTok está correndo grande risco de ser uma das plataformas responsáveis pelo disparo e visualização em massa de notícias com teor falso.
Pesquisa publicada pela agência de vigilância digital, a Global Witness, e também pela equipe da Cibersegurança pela Democracia da Universidade de New York (NYU) sugerem que o TikTok não está conseguindo filtrar o que é notícia falsa. Isso se torna especialmente preocupante para nós brasileiros, que teremos nosso segundo turno presidencial no próximo domingo (30).
Ademais, são números volumosos de conteúdo e as eleições serão no dia 8 de novembro (nos EUA), ou seja, pouco tempo para conseguir conter mais desinformação.
Segundo os estudos, o TikTok aprovou 90% dos anúncios com informações incorretas sobre as eleições, inclusive data errada para o pleito, falsas alegações sobre os requisitos para o voto e vídeos com falas tentando dissuadir as pessoas a comparecerem para votar. Lembrando que nos EUA o voto não é obrigatório.
Por vários anos a rede social proibiu a publicidade política na plataforma, inclusive de criadores e marcas que queriam fazer anúncios pagos. Além disso, desativou a opção de monetização para aplicar melhor a política.
Quem fez este apontamento foi Blake Chandlee, presidente global de negócios do TikTok, que afirmou que “o TikTok é, antes de tudo, uma plataforma de entretenimento”.
Os estudos mostram que a plataforma tem o pior desempenho contra notícias falsas
Porém, o estudo feito pela NYU sugere que a plataforma teve “o pior desempenho de todas as plataformas testadas”, aprovando mais anúncios falsos que o YouTube e que o Facebook.
O que preocupa os especialistas é que a rede social tem 80 milhões de usuários mensais nos Estados Unidos, sendo apontada como uma importante fonte de informação pelos jovens norte-americanos.
Os pesquisadores afirmam que, por conta desse alastramento fácil da plataforma, essas informações falsas podem ter consequências a longo prazo. O estudo ainda aponta que a empresa está fazendo muito menos do que deveria para conter a desinformação.
Nas eleições de 2020, os EUA também tiveram uma tensão por conta das notícias falsas veiculadas nas redes sociais. Agora, Joe Biden, presidente dos EUA, reitera que a integridade das eleições americanas está ameaçada também por conta da desinformação. Eric Han, chefe de segurança dos EUA do TikTok, disse:
“Para reforçar nossa resposta a ameaças emergentes, o TikTok faz parceria com empresas de inteligência independentes e se envolve regularmente com outras empresas do setor, organizações da sociedade civil e outros especialistas”.
Será que essa preocupação dos EUA em relação ao TikTok pode se aplicar em nosso país? Já estamos atravessando momentos tão conturbados politicamente que isso traria novas discussões sobre o resultado do pleito, independente de qual seja.
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