Desmistificando o nascimento dos bebês. A Fiocruz iniciou a 2ª fase de uma pesquisa que pode mudar visão sobre partos no Brasil. A iniciativa visa estudar a fundo todas as questões relacionadas ao período gestacional e o momento do parto. A ideia é criar tecnologias para sanar os problemas. Detalhes do levantamento foram divulgados.
Fiocruz: pesquisa já é a maior da história
A pesquisa da Fiocruz é a maior já feita no país sobre parto e nascimento, segundo a página da própria instituição. O objetivo do levantamento é criar estimativas sobre agravos e fatores de risco durante a gestação e procurar soluções para isso.
Entre outros objetivos, a instituição pretende “avaliar a assistência pré-natal, ao parto e às perdas fetais, e verificar a ocorrência de desfechos maternos e perinatais negativos e seus fatores associados.”
A primeira fase da pesquisa, levantou fortes dados sobre temas que estão em alta sobre a saúde e segurança do bebê e gestante, como: um elevado índice de cesarianas no Brasil, “chegando em 90% dos casos em hospitais privados”. Casos de depressão materna e excesso de intervenção médica durante os partos também foram abordados.
A segunda fase, terá um rumo um pouco ampliado, mas sem esquecer os assuntos antes abordados na primeira pesquisa. Segundo a coordenadora do estudo, Maria do Carmo Leal:
“Nesta nova edição, o estudo será ampliado, incluindo maternidades com menos de 500 partos por ano, e também o tema das perdas fetais precoces, não abordado no estudo anterior. Contamos com a participação de todas as instituições, dos profissionais de saúde e das puérperas para alcançarmos resultados, que, como da outra vez, contribuirá, certamente, para orientação de políticas públicas nesse campo. Esperamos acompanhar cerca de 25 mil mulheres que ingressaram no sistema de saúde para o parto ou por perda fetal precoce.”
Etapas da pesquisa apoiadas por ferramentas tecnológicas
O levantamento chega com uma novidade na segunda edição: incluir os pais dos recém-nascidos em toda a coleta de dados para viabilizar “políticas de saúde mais inclusiva aos homens”.
Os pais receberão um link, via WhatsApp, três meses após o nascimento do bebê, com um questionário sobre as mudanças em sua vida e saúde.
Segundo a Fiocruz, “os contatos telefônicos são feitos apenas às famílias entrevistadas previamente na maternidade sendo realizados por pesquisadoras capacitadas e identificadas com o logo da pesquisa.”
Aproximar os pais do processo da maternidade trará novas respostas, a vida e saúde da mãe do bebê são diretamente afetadas pela maternidade.
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