Empresas do futuro com problemas do passado. Funcionários da Amazon pararam de trabalhar e estão exigindo aumento salarial. Apesar desta ser uma pauta há muito tempo reconhecida como válida por trabalhadores, é preciso entender um pouco mais sobre o caso.
Funcionários da Amazon reclamam de aumento salarial abaixo do necessário para a região
É interessante entender um pouco melhor esse caso envolvendo trabalhadores da empresa de Jeff Bezos. Apesar de a reivindicação dos funcionários ser sobre salário, “um aumento de 3 dólares na hora trabalhada”, a alteração não seria para “melhorar” a qualidade de vida dos trabalhadores de forma supérflua.
O objetivo é se aproximar do mínimo necessário para a sobrevivência naquela região do país, segundo a estimativa da calculadora de salário sustento do MIT (calculadora apenas para regiões norte-americanas).
Região do protesto e custo de vida local
A manifestação ocorreu em uma localidade próxima da capital Washington, mais precisamente em Upper Marlboro, Maryland.
Segundo o site americano, a logística da manifestação foi a entrega de “petição à gerência na manhã de quarta-feira pedindo um aumento de US$ 3 por hora”.
Quando a demanda não foi atendida imediatamente, eles abandonaram o trabalho no intervalo do almoço — pouco antes do amanhecer — e disseram que não voltariam por um dia.
Apesar deste centro de distribuição não ser tão grande quanto o de NY, por exemplo, com certeza gerou muito desconforto operacional a parada dos trabalhadores, ficando a cargo dos gerentes e gestores menores tentarem lidar com o caos.
Mesmo com esforços da Amazon, em pagar acima do mínimo, segundo o site americano os “salários iniciais são de pouco menos que 16 dólares por hora” e o mínimo para grandes empregadores fica em torno de 12,5 dólares por hora, Washington D.C. é uma das regiões metropolitanas mais caras do país.
Conforme a estimativa da calculadora do MIT, informado pelo Huffpost, “estima-se que um único adulto precisaria fazer quase 20 dólares por hora para sobreviver no Condado de Prince George, onde fica a instalação do Alto Marlboro.”
Empresa “livre” de sindicatos
O problema vai muito além de funcionários da Amazon que param de trabalhar e exigem aumento no pagamento. A política de salários da empresa, aparentemente, não está adequada a necessidades e custos de cada região onde ela instala seus centros de distribuição.
O principal conflito tem sido quanto aos salários, visto que a inflação tem encarecido contas básicas por todo o país norte-americano.
Isso ainda tem mantido certa vantagem da empresa em relação aos funcionários é o sucesso da intensa campanha interna para combater a adesão de seus funcionários aos sindicatos, que segundo o Huffpost, no “setor privado é de apenas 6,1%.”
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