Mark Zuckerberg planeja em um futuro próximo usar óculos finos e leves de realidade virtual (ao invés dos volumosos aparelhos de hoje) como porta de entrada para um mundo online onde é possível estudar, assistir filmes e performances, praticar atividade física, conhecer amigos, conhecer novas pessoas e fazer compras. Mas, será que a Globo tem planos parecidos?
Debates sobre definições e limites entre os conceitos permanecem, mas a popularidade do metaverso deve representar o próximo passo para a realidade virtual (também definida como a imersão trazida pelos óculos 3D e visão 360°) e outras tecnologias como Realidade Aumentada (combina elementos virtuais com paisagens, por exemplo, jogo Pokémon Go).
Entretanto, até o momento, parece que a Globo não tem planos futuros de participar desse metaveso.
Plataformas de jogos como Fortnite e Roblox já são o gênero metaverso – eles mergulham a geração mais jovem. A Microsoft também desenvolveu seu próprio Mesh for Teams, focado no trabalho: usando o mundo virtual como ferramenta empresarial. O projeto Metaverse de Zuckerberg é mais amplo.
“Acreditamos que o Metaverse será o sucessor da internet móvel”, declarou ele durante a divulgação do Meta.
Dado que mais de 4 bilhões de pessoas em todo o mundo usam seus telefones para se conectar à web e aplicativos, se essa previsão se concretizar, o impacto no mundo pode ser bastante significativo.
Nova experiência
A quantidade de tempo de tela está sendo questionada. A empresa de análise App Annie diz que o uso diário de aplicativos móveis cresceu 45% nos últimos dois anos como resultado da pandemia – o líder da pesquisa é o Brasil, com média de 5,4 horas por dia, um aumento de 30%. Até o momento, a Globo não pareceu se interessar por essa nova experiência.
O tempo gasto usando óculos é “muito mais poderoso psicologicamente do que qualquer meio já inventado e mudará drasticamente nossas vidas”, diz o cientista Jeremy Byronson, diretor fundador do Laboratório de Realidade Virtual de Pesquisa da Universidade de Stanford.
Com outras formas de representação, quase sempre estamos cientes da artificialidade do sentimento, disse Bailenson. Na realidade virtual, as linhas estão começando a se confundir: os dispositivos atuais já oferecem uma sensação notável de imersão – e os avanços da tecnologia nos próximos anos levarão a experiências ainda mais poderosas.
Mundo virtual, mas não na Globo
Devemos nos preocupar? Bailenson é apaixonado pelas possibilidades da realidade virtual e a vê como uma ferramenta de empatia, dizendo que “a palavra ‘prudente’ é mais apropriada do que atenção”.
Uma de suas recomendações é limitar o tempo de imersão com copos a 30 minutos. O uso excessivo pode causar náuseas e fadiga ocular. No entanto, as sociedades oftalmológicas do Reino Unido e dos EUA não encontraram evidências de danos permanentes ao olho. Mas eles pediram estudos de longo prazo. Até lá, parece que a Globo não vai se aventurar nisso.
Em 2014, um psicólogo da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, passou 24 horas em uma sala de realidade virtual monitorada e relatou desorientação “no ambiente virtual ou no mundo real” e confusão sobre “certos artefatos”. Um evento entre dois mundos”.
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