Golpe no C6 Bank gera prejuízo milionário
O C6 Bank foi a mais nova vítima de criminosos, mas desta vez, o golpe resultou em um desfalque milionário.
O C6 Bank foi mais uma vez vítima de criminosos. Desta vez, o golpe resultou em um desfalque milionário. A prática criminosa é investigada pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, após cinco mil clientes do banco digital desviarem a quantia de R$ 23 milhões.
O golpe no C6 Bank foi aplicado através da modalidade CDB Crédito, oferecida pela fintech aos clientes que desejam aprimorar a experiência financeira por meio de investimentos.
Porém, os correntistas parecem ter encontrado uma brecha neste serviço, conseguindo o usar o limite total disponibilizado além de sacar o valor em espécie.
O CDB Crédito do C6 Bank consiste em uma modalidade que requer um investimento mínimo de R$ 100. Como recompensa, o correntista do banco digital ganha mais limite de crédito no cartão, se limitando a R$ 10 mil.
O dinheiro investido pode ser resgatado a qualquer instante, desde que não esteja sendo utilizado no limite do cartão. O prazo de depósito do valor na conta é de dois dias úteis.
Por outro lado, o valor em uso pode ser resgatado logo após o pagamento da fatura do cartão ser concluído.
Como funciona o golpe aplicado no C6 Bank
Um total de cinco mil clientes do C6 Bank descobriram uma forma de burlar o sistema da fintech. Em um intervalo de tempo extremamente curto, eles conseguiram usar todo o limite de crédito oferecido, no valor de R$ 10 mil, e resgatá-lo simultaneamente antes da quantia ser aplicada em CDB e sendo bloqueada logo em seguida. Ao todo, R$ 23 milhões foram desviados desta maneira.
O que chamou a atenção da Polícia Civil foi o fato de que o golpe no C6 Bank foi aplicado usando smartphones únicos, concentrados em comunidades da Baixada Fluminense, situada no Rio de Janeiro. Os investigadores também apuram uma alternativa mais simples, a do descobrimento da brecha, compartilhado boca a boca até que os correntistas decidiram aproveitar para fraudar o sistema o quanto antes.
Em contrapartida, a Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou que todas as movimentações aconteceram em pontos específicos das comunidades, razão pela qual surgiu a suspeita do golpe ter sido aplicado por uma organização criminosa. Em todo caso, as investigações continuam.
Enquanto isso, o C6 Bank segue tentando bloquear perante a Justiça, as contas correntes dos usuários que aplicaram o golpe. A fintech também já começou a cobrar o valor dos clientes, tendo em vista que o desvio gera dívidas para a empresa.
O Bit Magazine entrou em contato com a assessoria de imprensa do C6 Bank na manhã desta quarta-feira (6), questionando sobre quais medidas de segurança serão adotadas pela fintech para evitar que fraudes como essa se repitam, além das medidas emergenciais cabíveis no momento. Porém, o banco respondeu dizendo que não irá comentar sobre o assunto.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.