Grindr vai abrir capital por valor bilionário
O Grindr anunciou que vai abrir capital e entrar na Bolsa de Valores para arrecadar fundos para a infraestrutura do app. Confira!
Provavelmente você já ouviu falar do Grindr, o maior aplicativo de encontros voltado para o público LGBTQIA+ do mundo. A equipe da rede social anunciou que vai abrir capital e entrar na Bolsa de Valores. A operação foi avaliada inicialmente em US $2,1 bilhões, algo em torno de R$10 bilhões.
O capital vai ser aberto através de uma fusão com uma Sociedade de Propósito Específico (SPAC) chamada Tiga Acquisition e o fundador da Tiga, G. Raymond Zage III, já esteve envolvido com o consórcio de investidores que em 2020 adquiriu o Grindr da Kunlun Tech.
Como funciona a SPAC
A SPAC, também chamada “empresa de cheque em branco, geralmente funciona da seguinte maneira: ela vende ações na bolsa de valores e coloca o dinheiro arrecadado em uma conta fiduciária que por sua vez serve de garantia para comprar uma outra companhia.
Essa é uma opção menos arriscada para a Grindr de entrar na bolsa, principalmente depois dos escândalos sobre vazamento de dados que certamente diminuiria o interesse de possíveis investidores colocando em risco o valor total das suas ações.
Para aqueles que não conhecem o termo, abrir capital se refere à ação de ir a público para vender suas ações, também chamada IPO (Oferta Pública Inicial). Basta lembrar que recentemente o Nubank fez a mesma coisa, só que sem a intermediação de terceiros, como foi o caso da Grindr.
O que vai mudar no Grindr
A medida tomada pela Grindr vem apenas dois anos depois de ter sido vendido pela Beijing Kunlun Tec por cerca de US$ 608,5 milhões após complicações jurídicas com um painel do governo norte-americano que temia sobre o fato de as informações de mais de 25 milhões de usuários estarem nas mãos de uma empresa chinesa.
Agora, mais uma vez, o painel denominado Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS) se torna o fator decisivo para o futuro do aplicativo, que espera sua permissão para prosseguir com o acordo.
Hoje, a plataforma tem uma média de 11 milhões de usuários mensalmente e seus planos envolvem a arrecadação de US$ 384 milhões – algo bem próximo aos R$ 2 bilhões, que devem ser investidos na atração e retenção de usuários para a rede social implementando novas ferramentas de monetização e fazendo um upgrade geral na sua infraestrutura.
“Temos uma marca global presente em quase todas as partes na comunidade a que servimos, um tamanho impressionante, uma taxa de interação dos nossos usuários e uma margem operacional entre as melhores do setor, e iniciamos recentemente nosso percurso em termos de monetização e crescimento“, destacou Jeff Bonforte, CEO do Grindr, citado em comunicado.
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Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.