Gina Raimondo, secretária do Comércio dos Estados Unidos, afirmou que as empresas chinesas que não respeitarem as sanções americanas contra a Rússia deixarão de receber equipamentos e software americanos em retaliação.
A série de sanções que os EUA emitiram contra a Rússia incluem a proibição de exportação de semicondutores e produtos de alta tecnologia.
A questão é que as medidas não valem apenas para empresas americanas e sim todas que utilizam softwares e produtos feitos nos EUA.
União Europeia, Austrália e Japão, apoiaram as medidas que também se aplicam à Bielorrússia, aliada de Vladimir Putin.
Por outro lado, a China ignora tais medidas e continua a exportar chips para os russos. Só que, para produzi-los, o país depende de materiais americanos – o que os deixam nas mãos do governo americano.
Gina garante que o governo Biden vai “fechar” as empresas que não respeitarem o embargo.
“Nós podemos fechar a SMIC (empresa chinesa) para impedirmos que ela use nossos equipamentos e softwares”, afirmou a secretária de Comércio.
No início da semana, Joe Biden determinou que os EUA parem de importar petróleo russo fazendo com que o preço do barril disparasse.
Na quarta-feira (9), a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um projeto de lei destinando US$14 bilhões em ajuda humanitária, econômica e militar à Ucrânia.
O texto agora segue para votação no Senado.
Empresas chinesas são defendidas no país contra ameaça
Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, disse que Pequim “tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas e indivíduos chineses”.
“A China protegerá suas empresas e seus cidadãos que estão sob ameaça de sanções dos Estados Unidos por manterem comércio com a Rússia”, disse porta-voz chinês sobre as ameaças de Washington para a Bloomberg.
O diplomata reafirmou as críticas, afirmando que elas não tem poder no direito internacional e só causam “sérias dificuldades para a economia e o sustento das pessoas” em nações-alvo, em vez de promover a paz e a segurança.
“Washington deve levar a sério as preocupações da China ao implementar suas restrições contra a Rússia para que elas não prejudiquem os direitos e interesses da China de forma alguma”, alertou Zhao.
Companhias estrangeiras que utilizam software e tecnologias americanas na produção fazem parte das nações aliadas – como a Coreia do Sul, que deseja exportar para a Rússia, precisa de permissões especiais de Washington.
A China recusa-se a condenar a Rússia por invadir a Ucrânia, concordando com a avaliação do país presidido por Vladimir Putin de que a expansão da OTAN no Leste Europeu e seu fracasso em lidar com a segurança nacional da Rússia abriram o caminho para a situação atual.
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