Depois de empresas como a Google, Meta e Apple, agora é a Microsoft que bane as mídias estatais russas das suas plataformas. A empresa anunciou o banimento da RT e Sputnik, que são usadas pelo governo de Vladmir Putin para disseminar notícias falsas sobre a Guerra na Ucrânia.
A partir de agora o Microsoft Start, que inclui a página de notícias MSN, não publicará mais informações patrocinadas por esses portais e ainda removerá qualquer anúncio deles.
Além disso, o bloqueio se estende também para o buscador Bing. A partir de agora, os portais só serão listados caso o usuário fazendo a pesquisa esteja buscando especificamente por eles. O aplicativo da RT também saiu da Microsoft Store.
Mídias estatais russas são usadas para manipulação
A Microsoft, assim como as outras empresas que tomaram medidas parecidas, segue uma orientação divulgada por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, em seu Twitter.
A linha de raciocínio de Ursula visa o banimento da “máquina de mídia do Kremlin”. Assim, nas palavras dela no Twitter, elas não serão mais utilizadas para “espalhar mentiras e justificar a guerra de Putin”.
No mesmo post ela afirma que a Europa está trabalhando em ferramentas que prometem banir a “desinformação tóxica e prejudicial”.
Envolvimento da Microsoft com a Rússia vai bem mais a fundo
A Microsoft vai além de apenas “apoiar” a causa. Seu anúncio envolve quatro pontos distintos: proteger a Ucrânia de ataques cibernéticos; proteção contra campanhas de desinformação patrocinadas pelo Estado; apoio à assistência humanitária; e a proteção dos funcionários.
Para proteger a Ucrânia de ataques cibernéticos, a empresa utilizará de seu Centro de Inteligência de Ameaças (MSTIC), utilizado também para proteger os arquivos do Pentágono na nuvem – que, já na ativa, detectou uma tentativa de ataque cibernéticos contra a Ucrânia algumas horas antes da invasão russa começar, na quinta-feira (24).
As análises confirmaram que os russos estão utilizando um novo malware chamado FoxBlade, uma ferramenta de alta precisão mas que já teve suas informações anexadas ao Defender, antivírus da Microsoft, que agora é capaz de não só detectar a nova ameaça como também eliminá-la.
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