Netflix se recusa a cumprir regulamentação na Rússia
A Netflix anunciou que não irá adicionar os canais estatais da Rússia ao seu serviço de streaming. Decisão vai na linha de outras empresas
A Netflix anunciou que não irá adicionar os canais estatais da Rússia ao seu serviço de streaming. A decisão se deu após o país invadir a Ucrânia.
“Diante da atual situação, nós não temos planos de adicionar esses canais ao nosso serviço”, afirmou um porta-voz da Netflix em um pronunciamento, fazendo referência ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
As regras exigem que serviços audiovisuais com mais de 100 mil inscritos no país distribuam 20 canais de notícias, entretenimento e esportes com sinal aberto. Entre os exigidos, estão Channel One, um dos principais veículos de mídia aliados ao governo; e o Spas, dedicado à Igreja Ortodoxa Russa.
Segundo o site The Moscow Times, a regulamentação ainda determina que a plataforma proibia a promoção de “extremismos” e identifique conteúdos com temática LGTBQIA+.
O jornal havia antecipado que o serviço de streaming, que começou as atividades no país em outubro de 2020, se enquadraria dentro das exigências do país a partir do dia 1º de março – mas, com a invasão russa à Ucrânia, a situação mudou.
A Rússia é um dos 190 países em que a Netflix está disponível e não é possível saber como no momento que impacto o serviço sofrerá.
Outras redes reagem contra canais estatais da Rússia
E a Netflix não está sozinha. Facebook, Instagram e TikTok também anunciaram restrições a canais estatais da mídia russa como estratégia de diminuir a propaganda durante a invasão da Ucrânia.
No domingo (27), a União Europeia anunciou a proibição de transmissão por streaming das estatais russa em empresa. A Meta, dona do Facebook, e a ByteDance, dona da TikTok, já restringiram o acesso de contas das agências estatais de notícias Sputnik e Russia Today por conta própria.
“Nós recebemos o pedido de uma série de governos e a UE deve dar mais um passo em relação à mídia estatal russa”, afirmou o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, em uma publicação em rede social. “Dada a natureza excepcional da atual situação, nós vamos restringir o acesso a RT e ao Sputnik na UE neste momento. Nós vamos continuar a trabalhar de perto com os governos sobre o assunto”.
Outras redes sociais também tomaram medidas retaliativas
- O Twitter colocou sinalizadores de alerta em links da mídia estatal russa;
- O YouTube reduziu o número de publicidades nos conteúdos dos portais;
- A Microsoft afirmou que vai tomar medidas para reduzir a exposição dos usuários a propagandas russas, inclusive no MSN.
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Redatora, Especialista em Produção de Conteúdo para a Web com formação em Webdesign e Marketing Digital. Estudante de Programação Back-End, Entusiasta de Tecnologia e redatora na BitMagazine trazendo as últimas notícias e informações sobre o mundo tecnológico.