Com mais de 200 milhões de assinantes ativos em todo o mundo, a saída da Netflix da Rússia não chega a “arranhar” o orçamento da empresa. Representando apenas uma pequena parte dos ganhos da plataforma, a decisão tomada após o início dos conflitos na Ucrânia foi feita com mais facilidade, entenda melhor na matéria abaixo.
Fuga de empresas da Rússia acontece após guerra
A decisão iniciou com a empresa parando as produções em solo russo, até a saída total de suas operações no país de Putin. Em entrevista ao Deadline, o CFO da Netflix, Spencer Neumann citou a decisão como, inicialmente, comercial e operacional:
“É apenas uma dinâmica de operação de negócios complexa nesse momento”, afirmou.
Com certeza, além da questão moral envolvendo um país em guerra e as sanções econômicas impostas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, as ações do ocidente criaram dificuldades para movimentações financeiras por parte dos russos.
Como qualquer serviço oferecido, é necessário pagamento. Como os russos estão impedidos de fazer compras internacionais, podemos pensar neste como um dos principais motivos da decisão estratégica da plataforma de streaming Netflix em deixar a Rússia.
Outras empresas americanas também deixaram a Rússia
Segundo informações da própria plataforma reveladas em janeiro deste ano, a Netflix já possui cerca de 222 milhões de assinantes em todo o mundo.
Sobre o impacto financeiro da decisão, Spencer Neumann faz um apontamento em entrevista ao Deadline: “A Rússia representa menos de 1% da receita global da empresa”. Essa simples observação garante que a decisão de encerrar suas operações em solo russo vai muito além de questões, simplesmente, financeiras.
A Netflix não está sozinha nessa. Outras empresas também já resolveram encerrar suas atividades na Rússia como: Apple, Disney e Ikea, segundo informações do portal de notícias da CBS.
É basicamente uma questão de proteção as marcas – se elas forem pegas do lado errado das sanções, podem ter sua imagem abalada perante o mercado internacional. Até empresas que sofrem com perdas financeiras maiores estão decidindo deixar a Rússia, pelo menos, até que a situação fique menos complexa.
O conceito “moral” de encerrar suas operações em um país que tem sido visto como “pária” global, após a invasão armada, é o grande pilar que está guiando as organizações para abandonar o “barco” russo em suas estratégias de atuação ao redor do mundo.
Da mesma forma que a guerra não é eterna, a opção de deixar de atuar no país também não é. Dependendo do desenrolar do conflito, com o tempo, as empresas poderão começar a retomar suas atividades comerciais no maior país da Europa.
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