O YouTube anunciou que começou a bloquear canais russos de monetizar seus vídeos, entre outras restrições, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. Além disso, o alcance de alguns deles também será reduzido.
Na plataforma do Google, os produtores de conteúdo ganham dinheiro por meio de anúncios que aparecem quando os usuários assistem a seus vídeos.
A empresa afirmou que eliminou centenas de canais e milhares de vídeos que violavam seus regulamentos nos últimos dias – incluindo vários canais que a empresa alegou estar participando de fraudes coordenadas com o governo.
“À luz das circunstâncias extraordinárias na Ucrânia, estamos tomando uma série de ações”, disse Ivy Choi, porta-voz do YouTube. “Limitaremos significativamente as recomendações a esses canais. E em resposta a uma solicitação do governo, restringimos o acesso ao RT e a vários outros canais na Ucrânia. Continuaremos monitorando novos desenvolvimentos e podemos tomar outras medidas”.
Meta anuncia medidas para Facebook e Instagram
A Meta também ampliou seus esforços regionais de verificação de fatos independentes e está “trabalhando para fornecer apoio financeiro adicional aos parceiros de verificação de fatos ucranianos”, segundo o informativo oficial.
O Facebook anunciou, na última sexta-feira (25), que proibiria a mídia estatal russa de veicular anúncios e monetizar por meio de sua plataforma.
Já no Instagram, os usuários ucranianos estão recebendo alertas lembrando-os de que podem tornar seus perfis privados. Ainda na rede social, alguns usuários estão recebendo notificações lembrando-os de que podem habilitar a autenticação de dois fatores e outras precauções de segurança.
Pedido da Ucrânia ao YouTube
Mykhailo Fedorov, ministro de Transformação Digital da Ucrânia, comunicou em sua conta no Twitter que contatou o YouTube para bloquear “canais propagandistas russos”.
Ele citou os canais Russia 24, TASS e RIA Novosti. “Se eles estão com medo de falar a verdade, então nós devemos parar esse fluxo de mentiras venenosas”, declarou.
Fedorov também solicitou à Meta, dona do Facebook, neste domingo (27), que suspenda o acesso às suas redes sociais na Rússia.
“Mark Zuckerberg, enquanto você cria o Metaverso, a Rússia arruína a vida real na Ucrânia! Pedimos que você bloqueie o acesso ao Facebook e ao Instagram na Rússia, enquanto tanques e mísseis atacam nossas creches e hospitais!”, apelou.
O ministro já havia agradecido ao próprio Twitter pela intervenção na Rússia: “O Twitter acaba de tomar a decisão de bloquear os russos a oportunidade de registrar novas contas na Federação Russa. Obrigado pelo apoio! Esperando o Facebook e o Instagram se juntarem a nós”.
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