O vendedor de hacks do Nintendo Switch, Gary Bowser, foi condenado a mais de três anos de prisão por seu papel no esquema de hackers do Team Xecuter, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ).
Bowser, que é canadense e não tem relação nenhuma com o presidente da Nintendo of America, Doug Bowser, foi acusado de dois crimes federais e cumprirá 40 meses de prisão. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), caracterizou Bowser como um “líder proeminente” no grupo, alguém que ajudou a desenvolver e vender dispositivos usados para hackear consoles de videogame.
Bowser já havia sido preso em 2020 e concordou em pagar uma multa de US$ 10 milhões por vender esses hacks – além da sentença de três anos de prisão emitida na quinta-feira. Ele se declarou culpado por seu papel no esquema em 2021, quando concordou em pagar R$ 4,5 milhões em indenização à Nintendo.
O grupo, que o DOJ diz ser composto por mais de uma dúzia de pessoas de todo o mundo, é responsável por criar dispositivos que burlam as medidas de segurança do console, permitindo que os usuários acessem jogos gratuitos.
“Estima-se que esse esquema de pirataria tenha causado mais de US$ 65 milhões em perdas para as empresas de videogames”, disse o procurador dos EUA, Nick Brown, em comunicado. “Mas os danos vão além desses negócios, prejudicando os desenvolvedores de videogames e os pequenos estúdios criativos cujos produtos e trabalho duro são essencialmente roubados quando os jogos são pirateados”.
Em documentos judiciais anteriores, Bowser disse que recebia US$ 1.000 por mês para comercializar e distribuir os dispositivos de hackers para os varejistas. O comunicado de imprensa do DOJ na quinta-feira disse que ele gerenciava os sites do Team Xecuter e criava “bibliotecas online de videogames piratas para seus clientes”.
Hacker da Nintendo não está sozinho
O DOJ acusou outros dois membros do Team Xecuter – Max Louarn da França e Yuanning Chen da China – mas nenhum deles está sob custódia, de acordo com o comunicado de imprensa. As Investigações de Segurança Interna e o FBI ainda estão trabalhando neste caso.
Esse não foi o primeiro caso de alguém preso por desenvolver, distribuir ou vender hackers da Nintendo. Em 2020, Ryan Hernandez, um californiano de 21 anos que invadiu a rede interna da Nintendo e vazou informações sobre o Nintendo Switch antes de seu lançamento, foi condenado a três anos de prisão.
Hernandez se declarou culpado em janeiro de acusações federais relacionadas ao incidente de hacking e posse de pornografia infantil.
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