Após 31 anos em atividade, o Hubble, telescópio da NASA, fez uma nova descoberta. Desta vez foi detectada a imagem da Earendel, estrela mais distante do planeta Terra, situada a 12,9 bilhões de anos-luz de distância.
A estrela recebeu este nome devido ao seu significado, “estrela da manhã”. O astro de modo semelhante de quando o universo tinha apenas 900 milhões de anos, ou seja, apenas 7% da idade atual. O nome técnico da estrela é WHL0137-LS, e possui um tamanho de 50 vezes a massa do Sol.
Até a descoberta da Earendel, a estrela mais distante já detectada pelo Hubble foi a Icarus, no ano de 2018. Em um primeiro momento ela aparecia para nós da mesma maneira de quando o universo tinha quatro bilhões de anos, com apenas 30% da capacidade atual.
Vale explicar que não é tão comum os equipamentos terrestres detectarem a luz de estrelas tão distantes. Contudo, graças ao alinhamento da estrela com o aglomerado de galáxias WHL0137-08, que consiste em um acontecimento bastante raro, os pesquisadores tiveram a chance de recorrer à atração gravitacional que distorceu o tecido do espaço e do tempo como uma espécie de lupa natural.
Mesmo diante de tamanha descoberta da estrela, cientistas da NASA afirmam que este não é o objeto mais distante detectado pelo Hubble em seus anos de atuação. Durante sua trajetória, o telescópio conseguiu fotografar galáxias situadas em distâncias ainda maiores. Porém, as luzes dos astros se misturaram e impediram a identificação de detalhes mais precisos.
Em todo caso, esta é a primeira vez que a luz de uma única estrela é identificada individualmente. Além do mais, pesquisadores alegam que a Earendel, embora esteja a bilhões de anos-luz da Terra, não é tão mais velha como parece.
Earendel: Estrela pode estar no espaço há bilhões de anos
O sistema Earendel, conforme visto atualmente, já brilhava 900 milhões de anos após o Big Bang. A informação foi descoberta pelos autores de um artigo publicado na revista Nature que descreve minuciosamente detalhes sobre a descoberta.
Foi preciso passar 12,8 bilhões de anos antes que a luz chegasse aos parâmetros do Hubble, ampliada por um truque de gravidade para que se apresentasse como uma pequena mancha de fótons no sensor de imagem do Hubble.
A estrela é 8,2 bilhões de anos mais velha que o Sol e a Terra, e 12,1 bilhões de anos mais velha que os primeiros animais do planeta.
A expectativa é para que, assim que o novo telescópio James Webb estiver pronto para uso, que a NASA possa conduzir novas pesquisas capazes de definir a massa, luminosidade, temperatura e demais características da estrela recém descoberta.
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