O Telescópio Espacial Hubble foi lançado em 1990 tendo como uma de suas missões principais medir o ritmo da expansão do universo. E nesses mais de 30 anos de atividade já fez descobertas incríveis, incluindo o que pode ser considerado um ponto incomum na expansão do universo.
Durante esse tempo, o Hubble já observou mais de 40 galáxias, mirando principalmente nas suas estrelas, que ajudaram os cientistas a não só medir longas distâncias cósmicas como ainda calcular o chamado ritmo de expansão.
Ponto incomum na expansão do universo
A missão já rendeu frutos logo nos seus anos iniciais, quando em 1998 os astrônomos descobriram uma “energia escura”, uma força misteriosa que acredita-se ter o efeito de acelerar a expansão do universo.
E o mistério não para por aí. Os cientistas também encontraram uma diferença inexplicável entre o ritmo de expansão do universo local e do universo distantes, pós-Big Bang. Segundo os pesquisadores, o fenômeno só poderá ser desvendado através de uma física nova.
Segundo Adam Riess, professor na Universidade Johns Hopkins e membro do Instituto de Ciência de Telescópios Espaciais, as imagens são resultado do melhor que a tecnologia atual tem a oferecer.
“Isso é o que o Telescópio Espacial Hubble foi construído para fazer, usando as melhores tecnologias que conhecemos para fazê-lo. Esse é provavelmente a magnum opus (latim para “obra-prima”) do Hubble, porque levaria outros 30 anos de vida do aparelho para ao menos dobrar o tamanho das amostras”, disse.
Possibilidades trazidas pelo Hubble
O Hubble, assim como outros aparatos tecnológicos que permitem medir objetos a longas distâncias, criou a oportunidade de os cientistas entenderem mais sobre o universo – inclusive entender sua formação e funcionamento.
Inclusive, conseguindo dar um valor médio para o ritmo de expansão do universo, algo em torno de 73 mais ou menos um quilômetro por segundo por megaparsec (um megaparsec é igual a 3,26 milhões de anos-luz.).
Mas outros estudos revelaram números diferentes (e inferiores). Através do observatório espacial Planck, medindo a sobra da radiação do Big Bang há 13,8 bilhões de anos, outros pesquisadores chegaram ao valor 67,5 mais ou menos 0,5 quilômetros por segundo por megaparsec.
Todas essas dúvidas podem começar a ser esclarecidas assim que o James Webb, telescópio espacial lançado em dezembro de 2021, conseguir visualizar os marcadores de distância do Hubble.
O James Webb tem um equipamento muito mais avançado do que o seu sucessor e consegue tirar fotos em resoluções e distâncias maiores, o que deve ajudar nos estudos desses fenômenos.
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