A missão Lucy da NASA conseguiu fotografar o nosso planeta Terra a uma distância considerável. Parecemos tão pequenos e solitários neste vasto universo. Devido à distância, essa foi uma excelente oportunidade para criarmos perspectivas inéditas.
Terra: um pequeno mundo de mármore
A espaçonave Lucy da NASA avistou alguns corpos celestes ao longo do perímetro que viajou pelo universo. O primeiro, a 890 mil milhas de distância (cerca de 1,4 milhão de km aproximadamente) e também conseguiu avistar o nosso planeta a 380 mil milhas (611 mil km, aproximadamente).
A missão foi projetada para pesquisar asteroides do tipo Trojan – asteroides que compartilham uma órbita com um planeta atrás e na frente dele – de Júpiter, porém a espaçonave precisa da ajuda da gravidade da Terra para o seu lançamento.
Em dois anos a missão exigirá um retorno ao planeta para assistência e depois poderá voltar para o seu curso – no caso, rumo a Júpiter.
Os ‘assistentes de gravidade’ usam essa força dos planetas para conseguir “esticar” a durabilidade do combustível da espaçonave até que ela consiga chegar ao destino. Isso faz com que haja uma economia evidente e também que a rota seja mais rápida.
Os Trojan (também conhecidos como asteroides troianos) são remanescentes antigos do Sistema Solar primitivo e que sobreviveram relativamente intactos. Com a viagem tão ao longe, Lucy conseguiu captar frames da Terra de forma maravilhosa.
Imagens que revelam e rememoram descobertas
A Terra vista de longe parece um emaranhado de nuvens e água. Se em novembro de 1974 encontramos o primeiro fóssil do ancestral humano que andou há 3,2 milhões de anos no planeta, Lucy ajudará a descobrir sobre a origem do Sistema Solar.
Quase 48 anos se passaram desde a descoberta do fóssil do Australopithecus e, agora, estamos fazendo viagens mais longínquas nas galáxias. Acredita-se que estes asteroides troianos sejam os primeiros remanescentes do nosso Sistema Solar.
John Spencer, vice-cientista interino do projeto no Southwest Research Institute (SwRI) no Texas, líder da missão Lucy, disse:
“Contar crateras para entender a história colisional dos asteroides troianos é fundamental para a ciência que Lucy realizará, e esta será a primeira oportunidade de calibrar a capacidade de Lucy de detectar crateras comparando-a com observações anteriores da Lua por outras missões espaciais.”
A missão Lucy ainda tem muito o que pesquisar até conseguir chegar ao seu destino perto de Júpiter, porém, mais do que chegar até lá, a espaçonave poderá registrar imagens importantes que ainda nem conseguimos mensurar.
No caso, Lucy pode registrar as origens do nosso Sistema Solar, mas, por hora, nos deixa imagens lindas do nosso planeta.
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