Já se imaginou vivendo em outros planetas? Físicos afirmam poderemos em 200 anos

A encruzilhada dos humanos interplanetários está traçada, mudamos nossas matrizes energéticas para ganhar tempo ou entramos em extinção

A crença dos físicos está baseada em novo artigo sobre a necessidade de explorar de novas formas de energia ou arriscar uma possível extinção da raça humana. Os projetos de expansão espacial não param de crescer e o motivo pode ser muito mais do que “curiosidade” sobre humanos interplanetários.

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Espaço

Espaço (Imagem: Reprodução / NASA)

Humanos interplanetários podem ser a solução nos próximos 200 anos

Atualmente, estamos em uma verdadeira encruzilhada no planeta Terra: aprendemos a utilizar nossas fontes de energia de forma racional e benéfica ou teremos que evacuar o planeta em busca de novas moradas interplanetárias.

A publicação da Live Science aborda diretamente os motivos que podem acelerar a decisão inusitada da parte humana em massificar a exploração espacial. A causa seriam os relatórios de físicos indicando uma rápida degradação dos recursos terrestres.

Segundo os especialistas da NASA, Jonathan Jiang, “a Terra é um pequeno ponto cercado pela escuridão”, e complementa, “nossa compreensão atual da física nos diz que estamos presos nesta pequena rocha com recursos limitados”.

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Enquanto não dominarmos formas de energia eficientes e de alta durabilidade para sobreviver na Terra ou explorar completamente outros locais, humanos interplanetários serão apenas sonho.

O grande problema é que a mesma questão energética que nos obrigará a buscar outras formas de subsistência, também está ligada a possibilidade de conseguirmos nos deslocar através do espaço.

Já utilizamos energia nuclear há bastante tempo, mas sempre com o medo de cair em mãos maléficas, porém, a utilização em larga escala e segura é a melhor forma de conseguirmos a autonomia necessária através do universo.

Abdicar dos conhecidos combustíveis fósseis completamente, pode ser a única chance de estender a durabilidade da Terra por tempo suficiente para obter mestria no uso de energia nuclear.

Estamos no limite de nossas capacidades energéticas na Terra

Nikolai Kardashev criou uma escala aceita e, em seguida, melhorada por Carl Sagan, que definem o máximo de capacidade tecnológica que uma raça “inteligente” pode desenvolver, ao utilizar apenas os recursos do seu planeta natal. 

Uma civilização Kardashev Tipo I, pode usar toda a energia disponível no planeta natal, incluindo todas as fontes de energia do solo (como combustíveis fósseis e materiais que podem ser usados para fissão nuclear) e toda a “força” disponível ao planeta a partir de sua estrela-mãe, em nosso caso o Sol.

As Civilizações tipo II consomem dez vezes mais, e conseguem explorar toda a produção de energia de uma única estrela — controlar o Sol como nossa fonte principal de energia. Espécies tipo III podem ir ainda mais longe e usar a maior parte da energia em uma galáxia inteira.

Somos atrasados, isso é verdade, nem completamos o primeiro estágio da escala, mas nosso consumo de energia não reduz. 

O número crescente de pessoas consumindo mais energia, individualmente, tem um alto custo: a ameaça à biosfera a partir da liberação de carbono e poluentes, e o risco representado pela capacidade de usar meios poderosos de armazenamento e entrega de energia para fins destrutivos, como bombas nucleares.

Portanto, temos duas escolhas para atravessar do estágio um para o seguinte: abandonamos completamente as fontes de energia do primeiro estágio ou aceleramos nosso processo para outro planeta.

Se a inércia persistir, podemos acabar extintos aqui, sem nunca termos passado pelo primeiro estágio evolutivo e isso não seria muito “inteligente”.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.