É isso mesmo que você leu! A NASA vai “cheirar” os planetas em busca de ETs. Mas calma, tudo tem uma explicação plausível e a Bit Magazine explica para você. Na prática, a agência espacial irá o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para identificar metano e tentar encontrar vida no espaço.
A NASA decidiu recorrer a este método após os pesquisadores identificarem que, em determinadas condições, o metano pode ser um forte e promissor indicativo de vida se encontrado em atmosferas de um planeta rochoso. Essas condições ainda se estendem a compostos como o metano, dióxido de carbono atmosférico.
Outro indicativo de que os famosos ETs possam existir em outros planetas é o fato de eles não serem ricos em água, além do que a atmosfera planetária precisa possuir mais metano do que monóxido de carbono.
James Webb: Pesquisas da NASA descobrem novos componentes
Segundo pesquisas feitas por uma equipe da Universidade da Califórnia, Santa Cruz (UCSC), em parceria com a NASA, foram feitas várias descobertas publicadas na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Essas pesquisas possibilitaram a descoberta de que o metano é uma dos poucos compostos caracterizados como uma bioassinatura capaz de ser detectada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), implantado no Natal do ano passado.
Segundo a estudante de pós-graduação em astronomia e astrofísica da UCSC e autora do estudo, Maggie Thompson, “o oxigênio é frequentemente mencionado como uma das melhores bioassinaturas, mas provavelmente será difícil de detectar com o JWST”.
Destacando que o JWST possui a tecnologia com o poder de identificar uma série de produtos químicos, como água e metano, devido aos comprimentos de onda infravermelhos emitidos por eles.
Se tratando do metano, é necessário saber que ele é capaz de liberar comprimentos de onda vermelhos, quase infravermelhos em 1-3 um, que é o nível no qual o telescópio espacial fica regulado para fazer captações adequadas.
De toda forma, é importante esclarecer que a existência de metano em um exoplaneta não significa necessariamente que existe algum tipo de vida extraterrestre nele. Isso porque, várias fontes não biológicas são capazes de liberar este químico. É o caso de vulcões, fontes hidrotermais e impactos de cometas ou asteroides.
“Uma molécula não vai lhe dar a resposta – você tem que levar em conta todo o contexto do planeta”, ressaltou Thompson.
Segundo ela, o metano é apenas uma pequena peça do quebra-cabeça, embora seja essencial para a NASA e demais pesquisadores identificarem a existência de ETs em algum planeta do espaço.
Mas este procedimento requer a execução de etapas precisas e minuciosas, como levar em conta se a geoquímica de um planeta interage com a respectiva estrela. Muitos destes processos podem impactar a atmosfera de um planeta em escalas de tempo geológicas.
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