A Kodak foi uma empresa que marcou a história em mais de uma maneira, chegando a ser considerada a empresa de câmeras fotográficas mais relevante do mundo. Os produtos de alta qualidade que produzia levaram o seu nome às alturas, associando a marca à um instante memorável, digno de uma recordação. Mas, o que aconteceu com a empresa Kodak?
Ela chegou ao Brasil no último trimestre de 1920, quando instalou seu primeiro escritório, iniciando a produção de papéis fotográficos mais de 30 anos depois. Na época, em 1954, ainda preto e branco.
Pouco mais de 11 anos depois, a Kodak lançou sua primeira máquina fotográfica e, com o passar do tempo, a empresa estava tão bem estabelecida no mercado que nem se preocupava com a concorrência, o que acabou por levá-la a falência.
O que aconteceu com a Kodak? Ela faliu?
A Kodak é um exemplo claro do que a falta de adaptação pode causar. A empresa foi engolida por sua própria criação, a máquina digital. Na verdade, com tudo que aconteceu após a chegada da máquina fotográfica digital.
Tentando manter os padrões que já possuía no mercado de câmeras analógicas, a Kodak falhou em se preparar para todo o avanço que a sua invenção proporcionou. Isso acabou culminando a sua falência em 2012, um dos pecados capitais do mundo dos negócios.
É importante lembrar, entretanto, que a empresa foi uma das mais inovadoras até a sua falência – mas sua mentalidade do período industrial, época em que as novidades demoravam décadas para de fato se firmarem, a impediu de evoluir e continuar dominando o mercado, do qual tinha quase 90% de participação.
Por um lado a empresa acertou, ao achar que a tecnologia das câmeras digitais afetaria seu negócio focado em analógico, mas ela errou feio ao não medir corretamente o tamanho desse impacto e achar que a tecnologia da fotografia digital demoraria para se estabelecer.
Algo parecido aconteceu com a Block Buster, a famosa locadora de vídeos que dominava o mercado, mas que hoje praticamente nem existe mais.
E depois da falência?
Logo após sua falência, a empresa se focou em novos horizontes e hoje, no mesmo local onde produzia material voltado a fotografia, o Eastman Business Park em Nova York, podemos ver um aglomerado de outras empresas que fabricam quase todo tipo de produto, de embalagens a molho de tomate.
As patentes no nome da empresa foram vendidas a um consórcio formado pelo Google, Apple e outras empresas de peso, pelo valor de US$ 525 milhões, valor extremamente importante no processo de recuperação da empresa.
A última notícia de peso que tivemos sobre a Kodak nos últimos anos foi em 2020, quando a empresa pegou um empréstimo de US$ 765 milhões com o governo, através da Corporação Internacional de Financiamento ao Desenvolvimento dos Estados Unidos (DFC), para iniciar a Kodak Pharmaceuticals, que se especializaria na produção de componentes farmacêuticos perante as necessidades criadas pela pandemia.
Hoje, a empresa tem se destacado bastante no setor de impressão, principalmente de tintas, e tem estado bem ativa.
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