O Telescópio Espacial Hubble é uma importante peça de estudos da NASA e agora o objeto conseguiu captar imagens de pontos evolutivos de uma explosão de supernova, durante e após o fato cósmico.
O que a NASA fala sobre as imagens:
“O painel esquerdo mostra a porção de Abell 370 onde as múltiplas imagens da supernova apareceram. O painel A, um composto de observações do Hubble de 2011 a 2016, mostra as localizações da galáxia hospedeira de múltiplas imagens após o desaparecimento da supernova. O painel B, uma imagem do Hubble de dezembro de 2010, mostra as três imagens da galáxia hospedeira e da supernova em diferentes fases de sua evolução. O painel C, que subtrai a imagem do painel B daquela do painel A, mostra três faces diferentes da supernova em evolução. Usando um processo de subtração de imagem semelhante para vários filtros de dados, o Painel D mostra as diferentes cores da supernova de resfriamento em três estágios diferentes de sua evolução.”
Hubble capta imagens inéditas de supernova
O Telescópio Espacial Hubble conseguiu captar várias imagens de um conglomerado de galáxias chamado Abell 370, em 2010. Isso já é um feito incrível por si só, porém, analisando essas imagens, os especialistas chegaram a uma nova conclusão.
Detectou-se a explosão de uma supernova infantil que explodiu a cerca de 11,5 bilhões de anos atrás, sendo captada apenas algumas horas depois da morte da estrela.
Wenlei Chen, da Universidade de Minnesota, foi o líder da pesquisa que estava procurando por “eventos transitórios” com lentes gravitacionais – e é isso, exatamente, o que uma supernova é.
Escondida atrás da Abell 370, foi possível ver que a luz atrás do conglomerado se “curva” devido à força gravitacional, efeito conhecido como lente gravitacional.
Inserindo os dados vindos do Hubble e analisando detalhes de cor e brilho nas imagens. Chen e sua equipe descobriram que, possivelmente, a estrela que se transformou em supernova era uma supergigante vermelha com um diâmetro cerca de 530 vezes maior que o sol.
Fotos tiradas poucas horas depois do acontecimento
A pesquisa conseguiu determinar que a primeira foto do Hubble foi tirada apenas seis horas após a explosão que começou com o colapso do núcleo. Outras fotos foram feitas 10 e 30 dias após a primeira foto.
O Hubble possui uma tecnologia de captação em infravermelho e, por supernovas terem um alto nível de desvio para o vermelho, o telescópio conseguiu captar o momento exato.
Pelo estudo, foi indicado que esta é uma das supernovas mais antigas já registradas, com 11,5 bilhões de anos.
Agora, a equipe espera que este estudo ajude no desenvolvimento de novas pesquisas sobre supernovas distantes.
Estrelas como a Betelgeuse estão sendo observadas por cientistas para ver se conseguem captar imagens de explosões parecidas com as feitas pelo Hubble.
Os pesquisadores querem conseguir registrar não só o momento da explosão, mas os momentos antes do colapso da gigante vermelha (estágio antes de se tornar uma supernova).
Uma gigante vermelha pode ser extremamente maior que o sol, caso da própria supernova registrada pelo Hubble. Esses acontecimentos podem ajudar a desvendar mistérios sobre a expansão do universo.
Com informações: Space.
O que você achou? Siga @bitmagazineoficial no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui