Mais regiões habitáveis na Terra: a leve mudança na órbita de famoso planeta influenciaria nossa casa
Cientistas descobriram que se Jupiter tivesse uma órbita mais ovalada, a Terra seria mais habitável. Entenda o motivo!
Quando pensamos em nosso sistema solar, é fato que à Terra é o único planeta que oferece condições para haver vida. Mas, olha só que curioso: se a órbita de Júpiter sofresse uma pequena mudança, nosso planeta poderia ser ainda mais habitável!
A novidade é fruto de um estudo da cientista e astrofísica, Pam Vervoort, que trabalha na Universidade da Califórnia.
Utilizando uma simulação do sistema solar que pode ser customizada, a pesquisadora descobriu que, se Júpiter tivesse uma órbita mais ovalada, seu campo gravitacional afetaria também a órbita da Terra, o que influenciaria diretamente em certos ecossistemas.
“Se a posição de Júpiter permanecesse a mesma, mas a forma de sua órbita mudasse, poderia realmente aumentar a habitabilidade do nosso planeta”, afirmou a cientista.
Por que Júpiter faria isso?
Júpiter é o maior planeta do nosso sistema solar. Uma mudança sutil em sua trajetória orbital faria com que sua massa exercesse pressão sobre as trajetórias dos planetas próximos, incluindo à Terra.
Com isso, nossa órbita também passaria a ser mais oval, de modo que os polos congelados do planeta receberiam mais calor, tornando-os mais facilmente habitáveis. Diversas áreas subcongeladas ficariam mais quentes, e o aumento das temperaturas tornaria essas áreas propícias para habitação.
Temperaturas muito baixas ou com uma amplitude térmica muito acentuada estão entre as causas que tornam certas regiões do planeta inabitáveis. Se o clima nessas áreas fosse mais ameno, aumentaria consideravelmente as chances da vida poder se estabelecer por ali.
Este estudo afeta diversas teorias sobre a dinâmica do nosso sistema solar. “Muitos estão convencidos de que à Terra é o epítome de um planeta habitável e que qualquer mudança na órbita de Júpiter, sendo o planeta massivo que é, só poderia ser ruim para à Terra. Mostramos que ambas as suposições estão erradas”, concluiu a cientista.
Aplicação do estudo na busca por exoplanetas
Este estudo também vai ajudar os cientistas a encontrarem exoplanetas (planetas que estão fora do nosso sistema solar) que sejam potencialmente habitáveis.
Isso porque, geralmente, a habitabilidade de um planeta considera pistas mais concretas, tal como a presença de água, por exemplo.
Mas o formato da órbita no espaço e a proximidade do planeta com uma fonte de calor são outros elementos que devem ser considerados quando se fala em potencial de expansivo de vida.
Isso é importante porque ajuda a determinar a amplitude térmica de um planeta. Se estão muito próximos de uma estrela, podem ser quentes demais. Do contrário, serão muito gelados.
Quando há um meio-termo, é possível que existam, inclusive, mudança de estações, como em nosso planeta. Quem sabe esse estudo não nos deixa mais perto de descobrirmos se há, afinal, vida inteligente fora da Terra?
Com informações: Universidade da Califórnia
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