A empresa dona do Facebook, a Meta, está sendo processada por anúncios falsos de criptomoedas na Austrália. Os procedimentos na Corte Federal australiana foram iniciados pela ACCC (Australian Competition & Consumer Commission ou Comissão Australiana de Competição e Consumo), que julga que a empresa tenha cometido “conduta enganosa”, violando as leis de proteção ao consumidor do país.
Meta está sendo processada por anúncios falsos de criptomoedas
As autoridades afirmam que a Meta não fez o necessário para impedir que anúncios do tipo se espalhassem por suas redes sociais.
A empresa ainda teria sido alertada por celebridades que estavam tendo suas imagens atreladas de maneira impropriada a tais anúncios.
“O Meta falhou em tomar medidas suficientes para conter anúncios falsos com figuras públicas, mesmo depois que essas figuras públicas informaram a Meta que seu nome e imagem pareciam apoiar anúncios fraudulentos de criptomoeda”, disse o presidente da comissão, Rod Sims.
Golpes vêm acontecendo há pelo menos dois anos e já causaram estragos enormes
Os golpes teriam começado no ano de 2019 e utilizavam imagens editadas de artistas famosos fazendo promoções de links de artigos que incitavam os leitores a se envolver com esquemas de investimento em criptomoedas. Tudo de forma ilegal e sem consentimento das pessoas cujas imagens estavam sendo exploradas.
“Além de resultar em perdas imensuráveis para os consumidores, esses anúncios também prejudicaram a reputação de figuras públicas falsamente associadas a eles”, insistiu Sims.
O resultado dos anúncios foi a perda de somas consideráveis de dinheiro, com pessoas relatando a perca de valores que ultrapassam a marca de meio milhão de dólares australianos.
A Meta disse estar cooperando com a ACCC e que vai analisar a fundo o caso – mas disse, em um comunicado, ter tentado impedir os anúncios através de uma tecnologia que detecta e bloqueia conteúdo do tipo.
“Não queremos anúncios que busquem enganar ou confundir as pessoas no Facebook. Eles violam nossa política e não são bons para a nossa comunidade”, disse um porta-voz do grupo.
Outros processos do tipo
Essa não é a primeira vez que a empresa comandada por Mark Zuckerberg se mete nesse tipo de problema. Em 2018, um processo parecido aconteceu no Reino Unido e terminou com a empresa garantindo adicionar um botão que permitia que usuários denunciassem anúncios possivelmente enganosos.
O caso de agora se apoia no fato de a empresa já ter conhecimentos sobre tais práticas, mas ainda não ter tomado medidas cabíveis para solucionar o problema.
Como consequência, a agência pede que a Meta seja mais transparente sobre as ferramentas que os golpistas utilizaram para melhorar o alcance às vítimas, dessa maneira seria possível criar contramedidas para uma futura reincidência.
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