A Meta, dona do Facebook, fez um ano de muitas mudanças e inovações em seus produtos, afinal, 2022 foi bem disputado, principalmente pela ascensão do TikTok. No entanto, o próximo ano reserva novos desafios, e com isso a empresa já apresenta novidades para solucionar problemas antigos.
O Facebook (Meta) na luta antiterrorismo
A partir de janeiro de 2023, a Meta assume a presidência do Conselho Operacional do Fórum Global da Internet para Combater o Terrorismo (GIFCT). Como a própria empresa destacou através de um anúncio oficial, ela é membro fundadora da GIFCT, tendo ingressado no conselho em 2017.
Atualmente, o GIFCT é uma ONG que conta com a participação de empresas de tecnologia com o fim de enfrentar a disseminação de conteúdo terrorista online. O meio pelo qual eles combatem o inimigo em terreno virtual é financiando pesquisas e promovendo o compartilhamento de conhecimento através da colaboração técnica.
Em seu blog, nesta terça-feira (13), a Meta também revelou a disponibilidade de uma ferramenta gratuita de código aberto. Ela pretende ajudar plataformas no combate ao conteúdo terrorista, identificando cópias de mídias digitais e agindo o mais rápido possível contra elas.
“Esperamos que a ferramenta — chamada Hasher-Matcher-Actioner (HMA) — seja adotada por várias empresas para ajudá-las a impedir a disseminação de conteúdo terrorista em suas plataformas, e seja especialmente útil para empresas menores que não têm o mesmos recursos que os maiores.
O HMA se baseia no software de correspondência de imagem e vídeo de código aberto anterior da Meta e pode ser usado para qualquer tipo de conteúdo violador.”
Uma intensa luta contra o discurso de ódio
Um dos pontos interessantes da ferramenta que a Meta está compartilhando está na sua estrutura. As empresas que integram o GIFCT usam um “banco de dados de compartilhamento de hash” que ajuda a manter suas plataformas livres de conteúdo terrorista.
Entretanto, com mais empresas no banco de dados, a sua abrangência será maior, pois contará com um amplo compartilhamento de hash. O resultado pode ser um combate mais eficiente a esse conteúdo malicioso. O HMA seria importante, pois muitas empresas de pequeno porte não têm recursos tecnológicos para identificar este material.
Segundo a Meta, os esforços têm surtido efeitos, de modo que ela destacou alguns números referentes à campanha de combate ao discurso de ódio.
“O discurso de ódio agora é visto duas vezes para cada 10.000 visualizações de conteúdo no Facebook, abaixo das 10-11 vezes por 10.000 visualizações há menos de três anos.
Também bloqueamos milhões de contas falsas todos os dias para que não espalhem desinformação e derrubamos mais de 150 redes de contas maliciosas em todo o mundo desde 2017.”
Apenas em 2021, a Meta gastou cerca de US$5 bilhões em segurança, incluindo mais de 40.000 pessoas neste processo. A empresa revelou ter uma equipe de centenas de profissionais dedicados apenas ao trabalho antiterrorista. Assim, é de se esperar que a cada ano seja mais difícil compartilhar este tipo de conteúdo em plataformas digitais.
Com informações: About FB
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