O metaverso tem se tornado uma novidade bastante atrativa para grandes empresas e demais investidores ou usuários em potencial. Mas, como nem tudo são flores, este segmento também já gerou preocupações sobre seus efeitos, sobretudo na saúde mental de quem está inserido nele.
Tais preocupações quanto ao metaverso surgiram justamente em um momento em que o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, faz grandes planos e promessas quanto ao lançamento de um novo universo virtual composto por jogos, mídia social, realidade aumentada e criptomoeda.
Na oportunidade, ele declarou que o “metaverso é a próxima evolução da conexão social”. No entanto, a evolução à qual Zuckerberg se refere já pode ser vista na ação de empresas como a Microsoft, Apple e Nvidia, as quais já começaram a lançar bases para espaços virtuais descentralizados.
Enquanto isso, especialistas já tentam prever como as ações do CEO da Meta no metaverso podem impactar a saúde mental dos usuários, sendo que muitos já estão intensamente imersos neste novo mundo.
O que dizem os especialistas sobre o metaverso?
Há pouco tempo atrás, especialistas em tecnologia e saúde mental já se preocupavam e alertavam quanto ao surgimento e evolução de novas tecnologias e como o uso delas poderia ser prejudicial.
Em contrapartida, outros especialistas da atualidade pontuam essa crença como apreensões infundadas, tendo em vista que fatores como genética e posição socioeconômica têm uma influência significativa no bem-estar do ser humano.
Ao The Wall Street Journal, especialistas em tecnologia alegam que o metaverso poderá ser facilmente integrado ao ritmo de vida atual, embora nem todos estejam de acordo.
Outros estudiosos da área afirmam que o conceito do metaverso vai além da revolução, tendo em vista que há pouco se tratava de um território completamente inexplorado.
Na prática, quer dizer que os desafios a serem enfrentados são vários. Este ainda é um debate sem previsão para acabar, considerando tantas opiniões divergentes.
Quais os efeitos do metaverso para o ser humano?
Evidências científicas concretas relacionam o uso excessivo de tecnologias digitais a uma vasta gama de problemas de saúde mental. Alguns exemplos são a depressão, psicoticismo e ideação paranoica de acordo com um artigo revisado por pares na Psychology Today.
Investir um longo tempo em um ambiente digital tem o poder de instigar os seres humanos a darem preferência ao mundo virtual no lugar da realidade.
Para a diretora de pesquisa da Take This, Rachel Kowert, essa inversão na realidade é capaz de “afetar negativamente nossa capacidade de se envolver em vida não virtual, seja autoconfiança, pertencimento ou ansiedade social”.
Uma visão semelhante é compartilhada pelo diretor fundador do Virtual Human Interaction Lab da Universidade de Stanford, Jeremy Bailenson. Ele observou a possível existência de desafios quando as pessoas escolhem passar muito tempo em um mundo o qual julgam ser perfeito.
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