O Chelyabinsk foi um meteoro que explodiu na Rússia em 2013 fazendo com que mais de 1.400 pessoas buscassem atendimento médico devido a lesões resultantes da queda. Grande parte dos pacientes ficaram feridos devido a estilhaços de vidro que se quebraram com o estrondo.
O acontecimento foi tão marcante que se espalhou pela internet rapidamente. Vídeos do impacto do asteroide de apenas 17m de diâmetro infestaram as redes sociais e despertaram a curiosidade de cientistas que fazem estudos sobre esse tipo de fenômeno.
Meteoro que explodiu na Rússia seria um fragmento de asteroide
Em um desses estudos, foi concluído que o Chelyabinsk seria um fragmento de uma rocha do tamanho de Marte que colidiu com o nosso planeta a 4,5 bilhões de anos atrás, liberando uma série de fragmentos que teriam ajudado na formação da Lua.
O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, foi publicado em uma das revistas científicas mais prestigiadas no mundo, a Nature, onde descreve o processo que utilizaram para chegar a tal conclusão.
Segundo o que foi publicado, os cientistas analisaram cuidadosamente a composição de minérios presentes no meteoro, traçando uma linha do tempo que permite que eles identificassem datas nas quais ocorreram colisões com ele durante a formação do Sistema Solar.
Os resultados indicaram que o asteroide que originou o Chelyabinsk havia sofrido um impacto enorme há cerca de 4,5 bilhões de anos, gerando pressão e explodindo-o em pedaços menores.
Um segundo impacto, de proporção bem menor, teria separado o Chelyabinsk do corpo principal, mandando-o em direção à Terra.
Qual é a importância dos meteoros para a ciência?
Nas mãos dos cientistas, os meteoritos são como uma cápsula do tempo, registrando eventos que ocorreram na origem da formação do nosso Sistema Solar. Isso ocorre devido ao fato de os meteoritos não sofrerem alterações químicas enquanto vagam pelo espaço.
Então, através de um cálculo que leva em conta a quantidade e componentes de chumbo presentes nele, os cientistas conseguem calcular a idade do próprio meteorito e as alterações externas (impactos) que ele sofreu.
Tudo que falta agora é os pesquisadores voltarem à formação da Lua, fazendo estudos para obter mais informações sobre essa teoria.
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