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Mineração de Bitcoin está mais poluente desde que saiu da China

À medida que o a mineração de Bitcoin cresceu em popularidade, a China se tornou uma meca para a tecnologia. Se a indústria por lá fosse um país, seu consumo total de energia teria ficado em 12º lugar globalmente em 2016, à frente de grandes economias como Itália e Arábia Saudita.

Com hardware especializado e eletricidade barata prontamente disponível, o país agora responde por mais de 75% do poder de hashing da rede (capacidade que um computador ou hardware usa para executar e resolver algoritmos que geram novas somas de criptomoedas e permitem transações entre eles).

Foto: Divulgação

Entretanto, um problema vem surgindo: a parcela de eletricidade limpa usada para alimentar a rede de mineração caiu de mais de 40%, em 2020, para cerca de 25% em agosto de 2021, de acordo com estimativas de um estudo publicado na revista de pesquisa de energia Joule. O problema surgiu depois que a China proibiu o setor de acessar a energia hidrelétrica do país.

Empresas queimam mais carvão para minerar Bitcoin

Os mineradores que fugiram da China eram mais propensos a operar com gás natural. E enquanto os mineiros chineses também queimavam carvão para alimentar as operações, os mineiros que se mudaram para o Cazaquistão começaram a usar um tipo de carvão com um teor de carbono ainda maior.

Depois que os mineradores de Bitcoin foram expulsos da China, eles foram forçados a migrar para países como EUA e Cazaquistão e, infelizmente, isso levou a uma redução no uso de fontes de energia renovável na rede”, Alex de Vries, um dos autores do estudo publicado na revista. “O ponto principal é que a intensidade de carbono da rede aumentou.

A mineração de Bitcoin usa computadores que executam cálculos complexos para manter a rede da criptomoeda, com mineradores bem-sucedidos recompensados ​​na moeda virtual. Defensores do clima condenaram a indústria por consumir tanta eletricidade quanto países inteiros – enquanto as mineradoras dizem que suas operações geralmente funcionam com energia limpa e podem incentivar o desenvolvimento de fontes de energia menos poluentes.

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