O controle dos alimentos que chegam à mesa vai além da nossa capacidade de controle. Tendo em vista a abrangência desta indústria que também está sujeita a falhas, é bastante comum que algum alimento possa estar contaminado, resultando em uma intoxicação alimentar surpresa a quem o ingere. O que muitos não sabem é que este risco pode estar associado às mudanças climáticas.
Estudos mostram que a intoxicação alimentar tem o poder de matar cerca de 420 mil pessoas anualmente. O destaque fica por conta de programas computadorizados capazes de prever a proximidade da contaminação bem como sua abrangência.
O sistema tem o intuito de auxiliar os consumidores para este risco, tendo em vista que a intoxicação pode atingir níveis que se limitam às fazendas ou chegar à mesa dos consumidores.
A contaminação dos alimentos têm o poder de se espalhar através de bactérias na ração animal, em contato com a poeira, fezes animais, ou através de infecções transferidas durante o processo de abate do animal ou armazenamento inadequado.
No entanto, é importante destacar que as mudanças climáticas também podem fazer parte deste processo, considerando a capacidade de atingir climas extremos em um intervalo de tempo extremamente rápido.
Intoxicação alimentar: Entenda o processo que ameaça o mundo
As mudanças climáticas repentinas modificam as temperaturas do ar e da água. O resultado é o impacto na frequência e intensidade das chuvas, estendendo a umidade e modificando a produção de alimentos submetendo-os a sérias consequências.
E apesar de ser bastante difícil este tipo de previsão precisa a respeito da diversidade de fatores que podem causar a intoxicação alimentar, as alterações no ambiente indicam a possibilidade de transmissão entre animais e humanos.
Logo, eventos climáticos extremos, como inundações e secas podem contaminar o solo, a água e os alimentos dos animais por meio de produtos químicos de esgoto e escoamento de terras industriais e agrícolas que contam com toxinas e pesticidas em sua composição.
Sendo assim, é importante entender que, climas quentes e chuvas escassas em países que não contam com muitos recursos enfrentam os impactos negativos na oferta de alimentos. É o caso do Malawi.
Em contrapartida, essas mesmas regiões desenvolveram condições favoráveis à contaminação por aflatoxinas, que consistem em cancerígenos venenosos de fungos, normalmente encontradas no milho, que são a principal fonte de grãos.
Surtos de E.coli estão ficando comuns
Em localidades como a Califórnia, Estados Unidos e determinadas partes do Canadá, surtos de E.coli são bastante comuns, principalmente em plantações de alface romana. Conforme mencionado, a causa pode ser encontrada em escoamentos contaminados cujo fluxo se direciona a campos de produção após chuvas intensas.
A contaminação dos alimentos resultando na intoxicação alimentar também pode ser um fator causado pela interação próxima entre animais domésticos e selvagens em mercados únicos ou quando as fazendas se sobrepõem em florestas. Em situações como essa pode haver eventos de transbordamento.
Vale pontuar que a carne de caça também é um dos alimentos mais propensos a doenças zoonóticas, como o Ebola, que pode chegar ao consumidor final.
O que você achou? Siga @bitmagazineoficial no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui