A 3DBio Therapeutics anunciou nesta semana ter realizado um implante de orelha feita em 3D utilizando células humanas como base. O feito foi parte de um ensaio clínico e resultou em uma aplicação médica bem sucedida da tecnologia.
E a felizarda foi uma jovem de apenas 20 anos de idade portadora de uma deformação em sua orelha desde seu nascimento. A cirurgia havia sido realizada em março, mas a pesquisa ainda conta com mais 11 pacientes em situações parecidas, onde precisam de um transplante de algum tipo.
Implante de orelha em 3D é só o começo
A tecnologia é impressionante, mas no momento os responsáveis por ela ainda estão analisando a fundo os seus resultados, inclusive observando a paciente. Seu medo é de que, por ser algo de certas maneiras artificial, a tecnologia cause algum tipo de rejeição. Mesmo os cientistas afirmam que os riscos foram diminuídos ao máximo quando utilizaram células da própria paciente como base para o implante 3D.
Segundo os executivos da empresa, este é só o primeiro passo para uma nova era de implantes quase perfeitos em várias partes do corpo humano. A tecnologia pode, hipoteticamente, ser utilizada em discos espinhais, narizes, meniscos do joelho e, possivelmente, até mesmo órgãos vitais, como fígados, rins e pâncreas.
“O implante de orelha 3D é, então, uma prova de conceito para avaliar a biocompatibilidade e a correspondência e retenção de forma em pessoas vivas”, disse James Iathidis, diretor do laboratório de bioengenharia da coluna na Escola de Medicina Icahn de Mount Sinai.
A tecnologia
Obviamente, a empresa não revelou nenhum detalhe técnico sobre o procedimento, tudo o que sabemos é que ela utiliza células do próprio paciente para produzir o material que vai servir como implante. No processo, as células vivas são misturadas com a biotinta à base de colágeno utilizada para impressão. Esse processo reduz muito o risco de rejeição do órgão implantado, algo extremamente comum em implantes normais.
A 3DBio Therapeutics apenas comentou que vem seguindo à risca todas as exigências dos órgãos reguladores responsáveis.
Já a paciente, chamada apenas de Alexa para preservar sua identidade, comentou estar extremamente animada com o processo. Segundo ela, só de imaginar sua auto estima já sobe.
A tecnologia é certamente revolucionária e pode ser a esperança das inúmeras pessoas em filas de espera de transplantes nos hospitais pelo mundo. Já imaginou? Um coração totalmente feito a base da impressão 3d?
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