Os dois exoplanetas rochosos foram avistados em um sistema, praticamente “nosso quintal” cósmico, localizado a 33 anos-luz da Terra. A descoberta foi feita pela NASA, a agência que mesmo com “pouco” dinheiro, tem os cientistas mais brilhantes.
Dá para morar lá?
Pesquisadores usando o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA descobriram duas “super-Terras”, nada mais que exoplanetas rochosos.
Estes são alguns dos exemplares mais próximos descobertos até hoje, orbitando em torno de uma pequena e fria estrela chamada HD 260655.
Os dois planetas são de um tipo chamado super-Terra, com 1,2 e 1,5 vezes o tamanho do nosso planeta, mas não são habitáveis, pois orbitam perto de sua estrela com altas temperaturas na superfície
Segundo a NASA, o planeta mais próximo da estrela, chamado HD 260655 b, tem uma temperatura de superfície estimada em 816 graus Fahrenheit (435 Celsius), enquanto seu companheiro HD 260655 c tem uma temperatura de 543 Fahrenheit (284 Celsius).
Entretanto, medir a temperatura de planetas pode ser muito mais complicado que se imagina, pois, depende se o planeta tem uma atmosfera.
No sistema Solar, por exemplo, Vênus é mais quente em sua superfície do que Mercúrio, embora esteja mais distante do sol, porque sua espessa atmosfera retém o calor.
Então, para entender mais sobre exoplanetas, precisam medir suas atmosferas — algo que é muito difícil, mas será facilitado com as novas ferramentas como o Telescópio Espacial James Webb, programado para iniciar as operações científicas agora a partir do mês de julho, período de verão no hemisfério norte.
E esses dois planetas são candidatos ideais para estudar atmosferas de exoplanetas, porque estão relativamente próximos de nós e, porque a estrela em torno da qual orbitam é brilhante, apesar de seu pequeno tamanho.
Mais e mais pesquisas da NASA
E a equipe responsável pelas pesquisas insiste na importância dos estudos. “A 33 anos-luz, eles estão relativamente próximos de nós, e sua estrela, embora menor que a nossa, está entre as mais brilhantes de sua classe”, afirma a NASA.
Esses e outros fatores aumentam a probabilidade de que o telescópio Webb, e talvez até o Telescópio Espacial Hubble, possam capturar dados sobre a luz da estrela que brilha através das atmosferas desses planetas.
Segundo a publicação da NASA: “essa luz pode ser espalhada em um espectro, revelando as impressões digitais de moléculas na própria atmosfera.”
Os pesquisadores estão decidindo se um dos planetas recém descobertos possui uma atmosfera e, em caso afirmativo, do que é feita.
Esses telescópios mediram a “oscilação” da estrela, causada pelas atrações gravitacionais dos planetas em órbita, produzida pela massa dos planetas. Combine essas medidas e você poderá determinar a densidade dos planetas — neste caso, confirmando serem rochosos.
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