A NASA, tem metas surpreendentes relacionadas à Estação Espacial Internacional (ISS). Nos planos divulgados nesta semana, foram listados os objetivos para o laboratório durante a próxima década e também como a agência espacial norte-americana vai derrubar o laboratório espacial quando chegar ao fim de sua vida útil.
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Segundo o que foi informado nos planos, a ISS irá funcionar, perfeitamente, até setembro de 2030, completando 30 anos de atividades ininterruptas. Mesmo com várias das partes da estação podendo ser reparadas diretamente no espaço, a sua estrutura primária.
Os principais módulos, radiadores e estruturas de suporte, principalmente, estão fadados ao desgaste causado por manobras, chegadas e partidas de espaçonaves, e até mesmo pela expansão e contração do material, causada pela variação de temperaturas durante o giro ao redor do Planeta Terra.
Análises já foram feitas pelas várias agências espaciais envolvidas no funcionamento da ISS para predizer a extensão da vida útil da estação. Segundo os reports, não há muito que se possa fazer depois de 2030 – o que levanta a questão do que fazer com a estrutura gigantesca (73 metros de comprimento, 109 metros de largura e 444 toneladas).
A resposta é simples: atirá-la contra a terra ou “desorbita-la”, segundo o termo técnico para a ação. Um plano já foi traçado para o evento, que ocorrerá de forma segura e controlada, sem colocar em risco os habitantes de nosso planeta.
Como a Nasa vai derrubar a Estação Espacial Internacional?
Uma série de manobras serão operadas fazendo com que a altitude da estação, que normalmente fica a 420 km do nível do mar, seja baixada gradualmente.
As manobras começarão a acontecer de acordo com as atividades solares do momento. Isso porque tais atividades expandem ou contraem a atmosfera, fazendo necessário um ajuste de cálculos. As manobras poderiam começar já em outubro de 2026 (ou no mais tardar em março de 2028).
Em 2030, as últimas tripulações seriam enviadas à nave para recolher equipamentos e experimentos e desconectar módulos. Assim, a estação se desmontará com mais facilidade durante a reentrada.
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Finalmente, em novembro de 2030, a estação atingirá o “ponto sem retorno” – uma altitude de apenas 280 km acima do solo onde a única possibilidade é queda. Eles contarão com manobras para alinhar sua trajetória até a “Área Inabitada do Oceano Pacífico Sul” (SPOUA).
Um último empurrão, feito pelos operadores da ISS ao acionar os propulsores uma última vez, fará com que ela reentre na nossa atmosfera em janeiro de 2031 como uma gloriosa bola de fogo – caindo no Ponto Nemo, no Oceano Pacífico. Lá é o local mais distante de qualquer continente ou ilha no planeta Terra.
O que a Nasa tem para o futuro?
O processo ainda precisará de várias naves “extras” para fazer a manobra completa da estação. E, ao que parece, a Nasa pretende a partir de agora investir na construção de uma ou mais estações espaciais comerciais através da iniciativa privada, para continuar o trabalho que hoje é feito pela ISS.
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