Netflix tem queda assustadora de assinaturas e deve tomar medida
Pela primeira vez na história, a Netflix registrou uma queda assustadora no número de assinantes. A perda reportada foi de 200 mil.
Pela primeira vez na história, a Netflix registrou uma queda assustadora no número de assinantes. A perda reportada pela plataforma de streaming foi de 200 mil somente no primeiro trimestre de 2022.
Esta é a primeira vez que a gigante do setor de serviços de streaming registra um resultado negativo desde 2011. A empresa tem o costume de fazer registros trimestrais justamente com o propósito de acompanhar o desenvolvimento de perto.
A região asiática e países do pacífico (APAC) foram os únicos lugares com situação inversa, ou seja, onde o número de assinaturas cresceu no mesmo período. No que compete à base global de assinantes, a Netflix se manteve com 221,6 milhões de parceiros.
Entretanto, a plataforma de streaming já espera uma perda aproximada em dois milhões de assinantes no segundo trimestre de 2022. Os números são assustadores, tendo em vista que a expectativa inicial da empresa era que o número de assinantes apresentasse um crescimento de 2,5 milhões durante os primeiros meses do ano.
Diante da situação preocupante, a Netflix enviou uma carta aos acionistas da empresa explicando que as previsões foram alteradas em virtude dos efeitos da pandemia da Covid-19. Isso porque, em 2020 houve um aumento estrondoso da receita.
Já em 2021, foi observado um lento crescimento, que a princípio foi entendido como um efeito rebote à aceleração.
Em complemento, a plataforma de streaming relacionou a queda assustadora no número de assinaturas ao aumento nos preços dos planos vendidos em países como os Estados Unidos da América (EUA) e Canadá).
Outro agravante foi a suspensão dos serviços na Rússia como uma sanção à guerra iniciada contra a Ucrânia.
Netflix aponta aumento no compartilhamento de senhas
Segundo a Netflix, a prática adotada por vários usuários em compartilhar as senhas das contas na plataforma também é um agravante para a queda no número de assinaturas. Isso porque, muitas pessoas optaram por dividir os custos de um plano premium, que permite o compartilhamento de até quatro telas simultâneas, em vez de cada um pagar um plano distintamente.
Conforme apurado pela empresa, cerca de 100 mil usuários do aplicativo desfrutam de senhas compartilhadas em todo o mundo. Porém, a empresa já estuda uma maneira de driblar e cessar essa prática, conforme anunciado recentemente.
Segundo o diretor de Inovação e Produtos da Netflix, Chengyi Long, os chamados “usuários adicionais” deverão pagar uma taxa extra por meio do compartilhamento de contas. A medida foi implementada em fase de teste no Chile, Costa Rica e Peru. Ainda não há previsão de nenhuma mudança no Brasil.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.