Nesta segunda-feira (26), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que concede cidadania russa a Edward Snowden. O ex-analista e gestor de sistemas da CIA e NSA, estava no país desde 2013, quando procurou abrigo após fugir dos EUA. Ele fugiu após vazar arquivos secretos que revelavam detalhes sombrios da Agência de Segurança Nacional dos EUA.
Snowden integra uma lista de 72 nomes aprovados nesta segunda
O episódio que fez Snowden abandonar e os EUA há 10 anos, por outro lado, ele não pensa em passar nem perto das fronteiras americanas. Após ficar um tempo em Hong Kong, foi na Rússia que ele encontrou um refúgio.
Após vazar informações confidenciais, ele foi acusado por comunicação não autorizada de informações de defesa nacional, comunicação intencional de inteligência de comunicações classificadas, e roubo de propriedade do governo dos EUA, como apontou o CNBC. Somando tudo, Snowden pode ficar preso por até 30 anos se cumprir pena.
Na época, as informações viraram notícia no mundo inteiro, afinal, o vazamento feito no WikiLeaks caiu na mão de jornalistas. O mais impressionante foi a revelação de operações de vigilância mundial da Agência de Segurança Nacional dos EUA, inclusive monitorando o governo brasileiro.
Vida que segue? Putin não vê vazamento como traição
Assim, nove anos após um dos maiores e mais relevantes vazamentos digitais, Snowden, que hoje tem 39 anos, teve sua cidadania aceita sem nenhum comentário do Kremlin. Em 2017, Putin teceu comentários sobre o refugiado, segundo o presidente da Rússia, ele não achava certo o vazamento, mas não via o ato como traição.
Embora estivesse refugiado desde 2013, apenas em 2020 Edward recebeu o seu direito de residência permanente. Este era um passo fundamental para chegar à decisão de hoje e alcançar a sua cidadania russa reconhecida perante o governo.
Em relação aos EUA, durante estes anos, o país tentou fazer o ex-agente retornar para enfrentar os julgamentos pela acusação de espionagem. Mesmo com inúmeras tentativas para extradição de Snowden, até hoje ele não pisou mais em solo norte-americano.
Estima-se que cerca 1,7 milhão de arquivos tenham parado na mão de Edward. De modo que, notícias a partir de 7.000 documentos vazados, expuseram uma operação de espionagem gigante dos EUA. Entre os alvos da vigilância estavam criminosos e terroristas em potencial, cidadãos de bem, e até mesmo países aliados mais próximos.
Com informações: CNBC
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