O ensino híbrido serve para todos os cursos?

Apesar da evolução tecnológica do ensino híbrido estar focada principalmente no ensino superior, os modelos são perfeitamente adaptáveis

O ensino híbrido é um conjunto de ferramentas para auxiliar os professores na tarefa de oferecer um aprendizado mais rico para os alunos. Agora, o ensino híbrido serve para todos os cursos? Desde a educação infantil, até cursos superiores? Ou talvez seja um pouco mais restrito o poder da tecnologia? O Bit Magazine foi atrás de respostas.

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Criança com óculos de realidade virtual (Imagem: Jessica Lewis/Pexels)

(Imagem: Jessica Lewis/Pexels)

O alcance educacional do ensino híbrido

Em outros artigos já definimos o ensino híbrido como uma ferramenta positiva para alunos e professores. Será que ele fica restrito apenas ao ensino superior ou cursos específicos da modalidade avançada de aprendizado? A resposta é não.

Apesar de todo o foco para desenvolvimento das ferramentas estar ligado diretamente ao ensino superior — requer atividades práticas precisas, principalmente medicina e engenharia —, a educação híbrida também pode ser adaptada para o ensino dos mais novos.

A realidade virtual deve ser tratada como comum para a ampliação de seu poder de ensino desde as camadas mais jovens de estudantes. O conceito de metaverso está crescendo e os equipamentos se tornando mais baratos e logo estarão ao alcance de todos  (inclusive os mais jovens).

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O uso dessa tecnologia se torna extremamente necessário para os mais jovens, de modo a garantir uma maior qualidade no ensino e a geração de interesse sobre os estudos — o que há muito tempo as aulas expositivas não fazem.

O vice-reitor da PUCPR, Vidal Martins, acredita que o momento atravessado nos últimos tempos de isolamento também foram definitivos para a mudança estratégica da educação, “é preciso não retroceder na forma de ensino”. 

Vidal é responsável por uma das universidades com a maior taxa de desenvolvimento tecnológico focado no ensino. Não é a toa que sua crença principal é norteada pela premissa: “eu acredito em uma formação de alto nível mediada por tecnologia”.

Iniciando o trabalho com os mais jovens

Uma característica marcante das possibilidades que o ensino híbrido pode trazer para os estudantes é o desenvolvimento de novas competências, as chamadas soft skills, que segundo os especialistas está se tornando cada vez mais necessária em todas as profissões em patamar de igualdade com os conhecimentos técnicos.

A diretora da Triade Educacional, Lilian Bacich, vê essa necessidade se ampliando e citou um ponto interessante: “é preciso ter cada vez mais competências integrais, pois trocaremos possivelmente de carreira ao longo da vida”.

Segundo Lilian, “desenvolvemos pouco a criatividade nos alunos”, mas não se restringe a isso. A possibilidade de troca entre alunos e seus professores com o ensino híbrido melhora a habilidade de comunicação, “dificuldades de comunicação trazem problemas profissionais futuros”, complementa ela.

É necessário adaptação, principalmente dos professores, Vidal Martins destaca como foco a dupla “resiliência + flexibilidade” como meta para os docentes e alunos da educação híbrida.

Obviamente ninguém imagina remover a importância de professores e o convívio com aluno, sobre o assunto, Vidal finaliza: “as pessoas que acreditam que a tecnologia resolve tudo, não entenderam nada”.

Com dedicação, desde o ensino básico até as camadas superiores, a educação híbrida é viável e benéfica para todos.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.