No Reino Unido existe um amplo grupo de especialistas defensores da privacidade de dados. O debate recente gira em torno da substituição de pop-ups para aceitar cookies por uma espécie de regra de exclusão.
Começa pelo Reino Unido e chega ao Brasil?
Já se tornou comum, sempre que um site é acessado, se deparar com pop-ups oferecendo ao internauta a opção de aceitar ou não os cookies de privacidade para ter uma navegação segura. Normalmente, quando os cookies são recusados o usuário fica impedido de acessar uma página na internet ou, pelo menos, de visualizá-la integralmente.
Existem modelos de pop-ups para aceitar cookies bastante incômodos aos usuários, tendo em vista que costumam ocupar toda a tela do dispositivo, atrapalhando a navegação.
Porém, conforme divulgado pelo Techradar, a visão dos especialistas sobre um modelo de exclusão da ferramenta de segurança, pode gerar mais danos do que benefícios. A crença foi confirmada pelo representante da Eletronic Frontier Foundation, Jon Callas, que aproveitou para descrever como os planos tendem a falhar.
Para ele, um regime de privacidade viável pode ser regido com base no opt-in em substituição ao opt-out. As mesmas preocupações também foram evidenciadas pelo porta-voz da Brave, uma empresa de software de privacidade. Ele reconheceu que o atual sistema carece de reestruturação.
Entretanto, os especialistas britânicos fizeram um alerta quanto às propostas de remoção integral da tecnologia de segurança promovida pelos pop-ups para aceitar cookies.
“Isso pode levar os usuários a optarem por práticas de erosão da privacidade. Acreditamos que as propostas provavelmente levarão a mais danos ao rastreamento e à privacidade, não menos”.
É importante reforçar que apesar de os debates se concentrarem entre especialistas do Reino Unido, existe a forte tendência de abrangência, podendo chegar ao Brasil em breve, já que o incômodo quanto à ferramenta é uma postura praticamente global.
O que são os pop-ups para aceitar cookies?
Em uma definição simples e resumida dada pelos especialistas,”os cookies nos permitem oferecer nossos serviços. Ao utilizá-los, você aceita o uso que fazemos dos cookies”. Na sequência, surgem as seguintes opções “aceitar” ou “mais informações”.
Esta mensagem já se padronizou em praticamente todos os sites acessados na atualidade. Entretanto, diante da correria do dia-a-dia e anseio por consumir o conteúdo de imediato, é bastante comum acessar os cookies sem ao menos entender seu verdadeiro propósito.
Por isso, não podemos definir como vírus ou ameaças, mas pequenos arquivos enviados por sites e armazenados no navegador do usuário que os aceita, registrando dados sobre o internauta. As informações-chave são coletadas assim para publicidade online.
Em resumo, é dessa forma que a internet descobre seus interesses de consumo. Por exemplo: uma roupa, sapato, cursos, viagens, etc. No geral, estes cookies podem registrar, entre outras coisas:
- Links de páginas;
- Senhas;
- Números de telefone;
- Endereço;
- Tipo de navegador e sistema operacional usados;
- Histórico de sites visitados.
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