A Agência Espacial Europeia (ESA) está planejando construir uma fazenda de oxigênio na Lua para ajudar os astronautas a respirar no espaço sideral. Um vencedor foi selecionado pela agência para ser o primeiro a construir uma carga útil encarregada de extrair oxigênio da superfície lunar, de acordo com um novo relatório da ESA.
Liderada pela Thales Alenia Space no Reino Unido, a equipe vencedora deve produzir um pequeno instrumento que seja capaz de avaliar a probabilidade de construir plantas maiores na Lua. De acordo com o relatório, o objetivo dessas plantas lunares é “extrair propelente para espaçonaves e ar respirável para astronautas – bem como matérias-primas metálicas para equipamentos”.
Esse instrumento vai funcionar por meio da energia solar e também precisa ser capaz de fornecer medições precisas de desempenho e concentrações de gás.
David Binns, Engenheiro de Sistemas do Concurrent Design Facility da ESA, principal centro de avaliação da Agência Espacial Europeia para futuras missões espaciais e análise industrial, disse que “a carga útil precisa ser compacta, de baixa potência e capaz de voar em uma variedade de potenciais aterrissadores lunares”.
Os passos para o sucesso do projeto da fazenda de oxigênio na Lua
Além de atender todos os critérios citados anteriormente, a nave de carga útil da equipe deve ser capaz de concluir essas tarefas em um dia lunar, o que equivale a um período de 12 dias na Terra.
Estudos anteriores realizados pela ESA já mostraram que o elemento mais abundante na superfície do solo lunar é o oxigênio, que representa em torno de 40 a 45%.
Entretanto, o processo para retirada desse componente não é tão fácil quanto parece, pois o oxigênio está quimicamente ligado com outros elementos forma de minerais ou vidro.
Um protótipo de planta de oxigênio instalado no Laboratório de Materiais e Componentes Elétricos da ESTEC facilitou esse procedimento, extraindo os recursos básicos para missões espaciais de longo prazo e sustentáveis.
“Ser capaz de extrair oxigênio da rocha lunar, juntamente com metais utilizáveis, será um divisor de águas para a exploração lunar”, disse Binns. Por fim, ele proclamou que a equipe está ansiosa para trabalhar com o consórcio vencedor “para tornar seu projeto uma realidade prática”.
Ele observou que a façanha permitirá que os cosmonautas internacionais vivam da terra sem exigir linhas caras de abastecimento terrestre.
O que você achou? Siga @bitmagazineoficial no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui