O que é lixo espacial? Um problema que preocupa a exploração e observação do espaço
Lixo espacial é uma das preocupações para os cientistas e também para como a exploração espacial pode continuar.
Uma das coisas que podem atrapalhar o avanço da exploração espacial também é algo que atrapalha, e muito, o cuidado do nosso planeta Terra: muito, muito, muito lixo!
Lixo espacial é preocupação antiga
As explorações espaciais começaram em meados de 1950 e de lá para cá, mais de 13 mil satélites estão orbitando pela atmosfera terrestre. Entretanto, boa parte deles já virou lixo espacial (deixando de funcionar por substituições ou defeitos).
Não podemos negar que os satélites, hoje, são parte crucial no bem-estar da vida na Terra, a exemplo do acesso à internet, dados meteorológicos, pesquisas sobre o espaço e outras coisas que envolvem o assunto.
Isso não quer dizer que o lixo espacial não traga preocupações sobre essa exploração espacial, aliás, a preocupação não vem de hoje.
Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), detritos que orbitam o planeta já ultrapassou o número dos 130 milhões (sim, milhões)! A maioria destes detritos têm entre 1 milímetro e 1 centímetro.
Não se engane: mesmo sendo pequenos, estes pequenos objetos podem fazer um estrago, principalmente por conta da velocidade. E uma das principais preocupações é que estes detritos colidam com outros veículos em curso, como a própria Estação Espacial Internacional.
Em entrevista para a National Geographic Brasil, Erika Rossetto, especialista em dinâmicas de voos orbitais e diretora do Space Data Association, explica o que é o lixo espacial:
“Nesse conceito entram restos de missões espaciais, partes de foguetes e praticamente qualquer componente que não faça parte da carga útil enviada.Temos objetos no espaço que não estão mais operacionais, seja porque quebraram ou ficaram obsoletos, e que agregam nessa população de lixo espacial.”
Outros detritos provenientes de colisões e acidentes também são incluídos pelo Escritório do Programa de Detritos Orbitais da Nasa (ODPO, na sigla em inglês).
Milhões de detritos espaciais vagando por aí
Por mais que sejam mais de 130 milhões de detritos, especialistas explicam que fica difícil estes objetos voltarem para a atmosfera terrestre e, quando voltam, acabam se fragmentando no processo.
Segundo o ODPO, em média, um pedaço de detrito caiu de volta ao nosso planeta POR DIA nos últimos 50 anos. Mesmo que a maioria “derreta” por conta do aquecimento na reentrada, outra parte costuma cair nos oceanos (menos mal).
Porém, a preocupação maior não é aqui na superfície da Terra, mas lá no espaço. O risco de colisões acaba sendo o principal receio das agências espaciais, já que existem detritos maiores de 10 centímetros que podem fazer um estrago.
Para continuar tentando diminuir a possibilidade dos “acidentes”, a ESA junto de empresas da iniciativa privada, formulou um projeto chamado Remoção de Detritos Ativos (ADR), com uma estratégia importante no setor.
Com informações: NatGeo Brasil.
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