Levando em consideração que a procrastinação pode nos deixar ansiosos e até nos levar ao estresse, por que ainda somos tão propensos a procrastinar? De acordo com a ciência, fazer isso está ligado a alguns vieses cognitivos, confira!
Procrastinação parece irracional, mas talvez não seja
Pode parecer irracional adiar fazer aquele trabalho importante para ser entregue daqui a um mês, ou apenas não tomar o banho na hora exata para chegar no horário certo do compromisso marcado, mas, segundo a ciência cognitiva, há motivos bem relacionados à racionalidade para que a procrastinação impere.
A verdade é que pensamos ser irracional, pois fazemos mesmo sabendo que será prejudicial e levará a diversas consequências – a nota baixa por não entregar o trabalho ou perder um date apenas porque se atrasou.
Porém, se ela causa outros muitos pontos negativos, por que insistimos em continuar procrastinando? Alguns cientistas consideraram a procrastinação como “viés presente”.
“Viés presente nas preferências, devido ao qual os agentes adiam a realização de tarefas desagradáveis que gostariam de fazer antes.”
Psicologicamente, percebe-se o impacto de um evento ou algo com seu valor atenuado (reduzido) quanto mais distante estiver no futuro. Ou seja, o presente “vale mais” que o futuro, porém, ele chega.
Para alguns estudiosos, procrastinar é escolher estar feliz naquele momento presente e adiar a consequência no futuro, entretanto, apenas não dá para fugir do que virá.
Bons e maus motivos para adiar
A verdade é: todo o mundo, em certo grau, procrastina. Faz parte da cultura humana adiar o “sofrimento”. De acordo com alguns pesquisadores, nem sempre isso é ruim. A procrastinação pode ajudar a melhorar a percepção sobre algumas incertezas e lidar melhor com emoções difíceis.
Porém, também alertam que, caso a procrastinação esteja afetando de uma maneira drástica, considere procurar ajuda psicológica.
Muitos entrevistados que participaram da pesquisa colocaram, por exemplo, que usam a internet para conseguir desanuviar pensamentos pesados e que fazem isso frequentemente.
“Os resultados demonstraram que 50,7% dos entrevistados relataram procrastinação frequente na Internet, e os entrevistados gastaram 47% do tempo online procrastinando.”
Colocam ainda:
“A procrastinação na Internet foi positivamente correlacionada com a percepção da Internet como entretenimento, um alívio do estresse e, paradoxalmente, como uma ferramenta importante. A procrastinação na Internet também foi positivamente correlacionada com o traço de procrastinação e as emoções negativas.”
Outro ponto adicionado é: perdoe-se! Muito da trava por adiar o que não pode ser adiado é colocada por conta da culpa e da vergonha em procrastinar. Depois disso, divida seu tempo e, se caso perceber que está realmente atrapalhado, procure ajuda.
Com informação: Jstor, Sage, Inverse.
O que você achou? Siga @bitmagazineoficial no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui