Nesta segunda-feira (23), o Dia do Aviador e Dia da Força Aérea Brasileira (FAB) se tornou ainda mais especial. Afinal, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) lançou o VSB-30, um foguete 100% nacional, que integra a Operação Santa Branca.
Mais detalhes sobre o foguete VSB-30
O VSB-30 também compõe a família sonda, os primeiros foguetes feitos no Brasil. Ele, no entanto, conta com estágios à propulsão sólida, sendo projetado para levar cargas de até 400 kg, a altitudes próximas a 270 km.
Os foguetes dessa família são feitos para missões sub-orbitais de exploração do espaço, podendo transportar experimentos científicos e tecnológicos. Este lançamento, por exemplo, levou a bordo o experimento “Forno Multiusuários”, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), como aponta a FAB.
Em relação à Operação Santa Branca, o seu objetivo era justamente lançar o foguete VSB-30. Além disso, ele deveria levar um “módulo de carga útil com Modelo de Qualificação da Plataforma Suborbital de Microgravidade (MQ-PSM)”. O sucesso da missão, indica que o Brasil pode explorar este lançamento para pesquisas e desenvolvimentos futuros.
Como foi o lançamento do VSB-30
O VSB-30 começou o seu lançamento às 14h20 de forma que em 4 minutos e 1 segundo ele chegou ao seu ápice com 227 km de altitude. No total, o seu voo levou cerca de 7 minutos e 44 segundos. Em relação à operação, o Coronel Engenheiro Fernando Benitez Leal, Diretor do CLA, disse:
“A Operação Santa Branca se concretizou com sucesso. Houve uma grande preparação com as equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço e da Empresa ORBITAL […]. Foram meses de preparação para esse momento e, para nós do CLA, é uma sensação de dever cumprido […].”
Já em sua fala, o Tenente-Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo, destacou que a chave do sucesso para a operação foi a segurança. Todo o cuidado foi elevado, principalmente no momento do lançamento, pois 95% da nave era apenas combustível. Desse modo, até a população que mora na região do CLA recebeu um aviso.
De agora em diante, o foco dos pesquisadores são nos próximos avanços e oportunidades para a indústria espacial se desenvolver. Como destaca Carlos Moura, presidente da AEB:
“O Brasil já poderá prover, de forma autônoma, serviços de experimentação em ambiente microgravidade, usando o Centro Espacial de Alcântara (CEA), o VSB-30 e a PSM. Abriremos, também, um mercado para a indústria espacial brasileira, para os empreendedores e para as Instituições de Ciência e Tecnologia”
Com informações: FAB
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