Que não está fácil para ninguém no Brasil, isso é fato. Agora, chega a informação de que um jovem virou “cambista” com revenda de PlayStation 5 (PS5) para sobreviver na Inglaterra. Saiba mais sobre essa iniciativa de empreendedorismo, no mínimo, inusitada no texto abaixo.
Jovem vira “cambista” com revenda de PS5 para pagar dívidas médicas e sustentar a casa
Pode parecer um excelente negócio, mas são grandes os riscos envolvidos na atividade do jovem conhecido como Sheraz (que não é o nome verdadeiro) para prover o sustento de sua família e quitar dívidas médicas na Europa.
A história de Sheraz foi contada pela BBC de Londres. Durante a pandemia, sua esposa perdeu o emprego como esteticista, e o apoio pandêmico governamental não estava facilmente disponível para ele.
Essa situação, levou o jovem a recorrer ao “scalping” — uma atividade onde se adquire muitos itens procurados iguais, para revender no futuro por um valor muito mais alto, devido à escassez.
“Diz que só vende para seus amigos e familiares para ganhar cerca de 250 euros extra por mês, para ele poder ‘reduzir lentamente’ a uma conta médica de 50.000 euros”, declarou ele.
Os riscos não são sobre a venda de consoles, pois o jovem atua com outros itens. O problema está na revenda da reserva dos consoles. É como se eles comprassem todos ingressos de partidas de futebol, ilegal tanto no Brasil quanto na Inglaterra, e revendessem.
“Cambista” de PS5 usa a tecnologia para otimizar vendas
Os modelos de consoles da última geração estão difíceis de comprar, devido ao problema mundial de microchips. Muitos compradores ficam durante a madrugada tentando adquirir os produtos de varejistas, mas a competição não é leal quando seu adversário é um cambista praticante de scalping.
O software desenvolvido pelos cambistas pode notificá-los assim que o estoque estiver disponível em qualquer um de seus sites-alvo. Às vezes, os bots podem até comprar itens automaticamente.
Isso é lucrativo para os cambistas, que chegam a vender os consoles pelo dobro do preço de mercado, que atualmente, é de 450 euros.
A prática não é ilegal, mas o governo inglês está de olho
Ao lado do jovem está o fato da prática de compra por bots não ser ilegal no Reino Unido. Mas, segundo os próprios legisladores do país, a iniciativa pode ser vista como imoral porque não assegura direitos iguais para todos – sendo quase “uma manipulação de mercado”, segundo a reportagem da BBC.
O deputado do partido escocês, Douglas Chapman, está na liderança sobre as medidas contra o cambismo de produtos: “Acredito que está distorcendo o mercado além do que é razoável, e penso que precisamos olhar para quais são as proteções dos consumidores.”
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