Polícia federal na caça dos hackers que invadiram o ConecteSUS e outras instituições em 2021
A Polícia Federal está atrás de oito pessoas que estariam envolvidas com o ataque ao ConecteSUS realizado em 2021.
Em dezembro do ano passado, um evento atípico pegou muitos brasileiros de surpresa, e sim, estamos falando da queda do ConecteSUS. O site era responsável por emitir o certificado nacional de vacinação, de modo que todos que tentavam usar o aplicativo encontravam um aviso dizendo que os dados foram excluídos. Contudo, ontem de manhã (16), a Polícia Federal emitiu oito mandados com destino a quatro estados brasileiros.
A Polícia Federal identificou os hackers como integrantes de uma organização transnacional
Os suspeitos não apenas atacaram o site do ConecteSUS, afinal, eles coletaram cerca de 50 TB de arquivos. Assim, além do site do Ministério da Saúde, entre outras corporações atacadas estão:
Polícia Rodoviária Federal (PRF) Controladoria-Geral da União (CGU), Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Ministério da Economia, Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Instituto Federal do Paraná, Escola Nacional de Administração Pública, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A Polícia Federal batizou a operação com o nome “Dark Cloud”, desse modo, declarou que a organização é especializada neste tipo de ataque a entidades privadas e públicas. Além disso, disseram que o grupo atua também em Portugal, Colômbia e nos Estados Unidos.
Os criminosos teriam usado engenharia social para ter acesso a todas as camadas de segurança dos sites que eles invadiram. E embora se trate de uma organização transnacional, a Polícia Federal emitiu mandatos para oito suspeitos no Brasil.
Onde estão os suspeitos e pelo que estão sendo acusados
Os mandatos foram para quatro estados diferentes: Paraíba, Paraná, Santa Catarina, e Minas Gerais. A pedido da PF, quem expediu as ordens judiciais foi a 12ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, nesta segunda-feira (15).
A Polícia Federal ainda informou o motivo pelos quais os suspeitos podem ser presos:
“Os crimes apurados na investigação são os de organização criminosa, invasão de dispositivo informático; interrupção ou perturbação de serviço telegráfico; radiotelegráfico ou telefônico; impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento; além do crime de corrupção de menores, com previsão no Estatuto da Criança e do Adolescente; e lavagem de capitais”.
Nenhuma informação pessoal como nome ou paradeiro dos suspeitos foi revelado, porém, as apreensões podem ocorrer nos próximos dias.
Além do Brasil, o grupo também teria atacado a empresa privada Localiza Rent Car, uma emissora de televisão em Portugal, e a Eletronic Arts.
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