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Por que o cigarro eletrônico é tão perigoso?

Vape

Vape (Imagem: Ruslan Alekso no Pexels)

O cigarro eletrônico, ou pen drive como é conhecido pelos usuários, tem sido uma moda entre jovens e adolescentes. Aparentemente inofensivo, o número de casos de pessoas que estão doentes por conta dele têm preocupado os especialistas.

Cigarro eletrônico (Imagem Pixabay)

Desde 2009 que a venda, importação e propaganda do cigarro eletrônico foi proibida no país pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas atualmente são mas de 2 milhões de usuários no Brasil, segundo a maior empresa de tabaco brasileira, BAT Brasil.

A preocupação com a saúde da população fez com que fosse criada a campanha do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), com o intuito de despertar sobre os diversos riscos de fumar o dispositivo eletrônico.

A Escola de Enfermagem da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, revelou que o uso deles é mais prejudicial do que os cigarros tradicionais. Outra pesquisa aponta que o uso deste cigarro faz com que os americanos gastem em média US$ 72 bilhões por ano com tratamentos de saúde, dados divulgados pela revista Tobacco Control.

“Nossa descoberta indica que os gastos com saúde para uma pessoa que usa cigarros eletrônicos são US$ 2.024 a mais por ano do que para uma pessoa que não usa nenhum produto de tabaco”, afirmou o principal autor da pesquisa, Yingning Wang.

Uso constante do cigarro eletrônico pode causar doenças respiratórias e parada cardíaca

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), informou que os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) possuem substâncias tóxicas além da nicotina, causando graves doenças respiratórias como enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer.

“Os custos de saúde atribuíveis ao uso de cigarros eletrônicos já são maiores do que nossas estimativas de custos de saúde atribuíveis ao uso de charutos e tabaco sem fumaça. Esta é uma descoberta preocupante, uma vez que os cigarros eletrônicos são um produto relativamente novo, cujo impacto provavelmente aumentará com o tempo”, explicou o especialista.

E não para por aí: segundo o INCA, além da intoxicação, existe ainda o risco de explosão devido problemas com a bateria do cigarro. Outro item que também é conhecido entre alguns fumantes é o narguilé, mas o INCA afirmou que o acessório tem como base o tabaco e também vem de uma fonte de combustão, ou seja, além da nicotina, ele tem monóxido de carbono e alcatrão, assim como o cigarro tradicional.

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