Por que os smartwatches podem apresentar riscos à saúde

Os smartwatches surgiram como um dispositivo de grande potencial no auxílio à rotina diária, especialmente em atividades físicas.

Os smartwatches surgiram como um dispositivo de grande potencial no auxílio à rotina diária, especialmente em atividades físicas. Porém, identificou-se recentemente o risco que podem apresentar à saúde de quem os usa. Na realidade, é uma circunstância condicionada exclusivamente aos dispositivos da marca Fitbit, de propriedade do Google. 

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Smartwatches podem apresentar riscos à saúde

Smartwatches podem apresentar riscos à saúde. (Imagem: Pixabay)

Os smartwatches da marca se tornaram alvo de um processo judicial sob a justificativa de vender produtos perigosos para a saúde humana. Tudo começou após alguns usuários relatarem queimaduras durante o uso do dispositivo. As reclamações foram registradas no mês de março deste ano, resultando em um recall de 1,7 milhão de relógios por todo o mundo. 

Na época, as autoridades registraram cerca de 174 relatos de acidentes com os smartwatches, entre eles, queimaduras de terceiro e quarto graus. Foi observado que os acontecimentos envolviam somente o uso de relógios da Fitbit. Logo, agora a empresa precisará provar na Justiça o real potencial de segurança dos dispositivos.

Usuários relatam acidentes com smartwatches

As reclamações sobre o Fitbit foram apresentadas, inclusive, por dois usuários da companhia que usam os modelos Versa Lite e Versa 2, que ainda não constavam no recall do mês de março. A denúncia é completa e possui fotos que revelam a gravidade e intensidade das queimaduras em proprietários de quase todos os dispositivos do portfólio da empresa, como o Sense, Versa 3, Blaze, Inspire e Inspire 2. 

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Outro fator apresentado na denúncia consiste na negligência da Fitbit, observada em documentos onde capturas de tela mostram os usuários sendo ignorados pelo suporte ao cliente oferecido pela empresa. 

Conforme apurado, sempre que um consumidor tentava entrar em contato com a empresa na tentativa de abordar o risco de segurança, a empresa transferia a culpa para a higiene e manuseio do consumidor, em vez de focar em uma solução.

As denúncias ainda alegam que, apesar da empresa oferecer reembolso integral aos proprietários do Ionic, o processo de recebimento do valor foi dificultado, deixando os clientes sem respostas após um extenso tempo de espera por atendimento. Segundo informações publicadas originalmente pelo The Verge, o processo de recall do Ionic é extremamente lento. 

Na época, a Comissão de Segurança de Produtos para Consumidores dos Estados Unidos da América (EUA) informou que o problema dos smartwatches é a bateria integrada. Na prática, essa bateria superaquece, representando risco de queimadura ao usuário. 

Vale destacar que a Fitbit é uma marca norte-americana que pertence ao Google, do grupo Alphabet. A empresa proprietária do site de buscas mais famoso do mundo fez a aquisição do item na tentativa de conquistar uma fatia no mercado dos wearables, que hoje é dominado pela Apple e Samsung.

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Laura Alvarenga
Escrito por

Laura Alvarenga

Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.