Uma empresa de telecomunicações estava sendo investigada e dois supostos espiões chineses foram acusados de pagar milhares de dólares em dinheiro para obstruir a investigação federal feita nos Estados Unidos.
Supostos espiões chineses estão sendo acusados
Nesta terça-feira, autoridades do governo dos Estados Unidos acusaram a China de enviar espiões para obstruir investigações em empresas de telecomunicações (que não foram divulgadas).
Segundo os documentos de acusação, dois cidadãos chineses tentaram ‘cultivar um relacionamento’ com um agente duplo do FBI que estava se passando por oficial da lei dos EUA.
Os supostos espiões chineses tentavam fazer com que detalhes das investigações fossem vazados. A operação incluía testemunhas, possíveis acusações criminais e evidências. Ambos pediram também para que gravações das reuniões fossem feitas secretamente como forma de estratégia caso houvesse algum julgamento.
O procurador-geral, Merrick Garland, afirmou na coletiva de imprensa:
“Esta foi uma tentativa flagrante dos oficiais de inteligência da RPC (República Popular da China) de proteger uma empresa sediada na RPC da responsabilidade e minar a integridade do nosso sistema judicial”
Os supostos espiões pagaram milhares de dólares em dinheiro, incluindo US$ 41.000 em Bitcoin por uma foto de uma página de um documento que pretendia discutir um plano para acusar e demitir empregados da empresa.
Vários casos e várias investigações de espionagem
Em um caso de investigação feito em New Jersey, quatro pessoas – sendo três supostos espiões da inteligência chinesa – foram acusadas de tentar recrutar funcionários atuais e antigos do governo dos EUA.
De acordo com Garland, os suspeitos queriam adquirir tecnologia e enviá-la para a China, além de interferir em vários protestos nos EUA.
Também investigaram cidadãos chineses que tentaram forçar outro chinês naturalizado americano a voltar para a China. Garland disse:
“Eles deixaram claro que o assédio não iria parar até que a vítima voltasse para a China”
Também foi mencionada uma investigação feita entre 2021 e 2022 em que uma afiliada do Ministério de Segurança do Estado da China (MSS) teria supostamente contratado um investigador para descobrir informações ‘pouco lisonjeiras’ sobre um candidato ao congresso.
Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou que não sabia das circunstâncias específicas dos casos e que os EUA fabricam mentiras:
“A polícia dos EUA fabrica repetidamente mentiras para difamar a China, suprimir irracionalmente os negócios chineses e obstruir os esforços da China para perseguir fugitivos”
Wenbin ainda acrescentou que este tipo de ação do governo dos Estados Unidos não é benéfica para a imagem do país.
Com informações: BBC.
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